Dia Mundial do Café: saiba se a bebida faz bem ou mal à saúde
Segundo especialista, o consumo recomendado é de até cinco xícaras por dia
O Dia Mundial do Café é celebrado nesta sexta-feira (14). A bebida é a segunda mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água. Mesmo fazendo parte da rotina de tanta gente, há quem questione se o café faz bem ou mal para a saúde.
Para Clarissa Willets, médica de família e consultora da Kipp Saúde, os benefícios da ingestão de café são maiores do que os seus malefícios. O segredo está na quantidade. “Alguns estudos mostram que o consumo de até cinco xícaras de café (50ml cada) por dia está associado, por exemplo, à redução do risco de algumas doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, aponta.
A especialista afirma ainda que o café possui centenas de substâncias ativas que podem reduzir o que chamamos de “estresse oxidativo”. Ele ajuda a modular o metabolismo da glicose e gorduras, além de melhorar o bioma intestinal.
Se consumida sem moderação, no entanto, a bebida pode fazer mal à saúde. Segundo Clarissa, o perigo está na cafeína que, se ingerida em excesso, pode ocasionar sérios problemas, como ansiedade, tremor, taquicardia, dor de cabeça e aumento da pressão arterial.
“O consumo pesado de cafeína pode trazer muitos eventos adversos, potencialmente graves, especialmente o consumo episódico de bebidas energéticas em associação ao álcool. Assim, recomenda-se limitar o consumo para 400mg/dia para adultos e 200mg/dia para gestantes e lactantes”, diz.
Clarissa destaca que, quando tomada pura, a cafeína pode aumentar a pressão arterial. Estudos não apontam, no entanto, esse aumento com bebidas ricas em cafeína. Uma explicação possível é que outros componentes do café, como o ácido clorogênico, contrabalanceiam os efeitos da substância.
No que diz respeito ao risco de câncer, o café parece associar-se ao risco menor de cânceres de pele, mama, endométrio e fígado. Outro benefício é que a bebida pode ser aliada na perda de peso e controle de diabetes, pois estudos metabólicos sugerem que ele pode melhorar o balanço energético, reduzindo o apetite e aumentando o gasto energético.