Crédito

Saldo de crédito em Pernambuco cresce 18% no primeiro bimestre de 2023

Somente no primeiro bimestre de 2023 já foram alcançados R$122 bilhões

Agência do Banco do Nordeste - Divulgação

O estado de Pernambuco registrou um saldo de crédito de R$122 bilhões no primeiro bimestre de 2023, de acordo com dados levantados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), considerando informações do Banco Central. Esse valor representa um aumento de 18,3% em relação aos doze meses anteriores, refletindo a ampliação dos empréstimos e financiamentos para empresas e pessoas físicas.

Para Allisson Martins, economista e pesquisador do Etene, esse aumento do saldo de crédito sinaliza expectativas positivas para o avanço da economia, uma vez que os créditos visam aumentar a capacidade produtiva, modernizar os empreendimentos, elevar a eficiência dos negócios e prover recursos para capital de giro, insumos e matérias-primas.“O crescimento do volume de crédito está em consonância com o nível de atividade econômica do estado”, afirma.

O economista ainda ressaltou a importância de as empresas e pessoas físicas estarem atentas à qualidade do crédito, buscando taxas de juros atrativas e prazos adequados. No caso de Pernambuco, um grande contribuinte ao financiamento dos negócios em 2022 foi o Banco do Nordeste (BNB), que contratou R$5,6 bilhões, entre janeiro e dezembro do ano passado, um aumento de 35% em relação ao ano anterior.

O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nordestino atingiu o montante de R$728,9 bilhões no primeiro bimestre de 2023, superando a dinâmica nacional, com um crescimento de 17,2% nos últimos 12 meses. Enquanto isso, no Brasil, na mesma métrica de comparação, o crédito avançou 12,6%.

No Nordeste, tanto as carteiras de crédito das pessoas físicas, com uma expansão de 18,1%, quanto as empresas, com um aumento de 15,2%, apresentaram uma trajetória ascendente do crédito nos últimos doze meses, terminados em fevereiro de 2023. O saldo das operações de empréstimos e financiamentos no final do primeiro bimestre de 2023 destinado às famílias representa 70,6% do total, cabendo a parcela restante (29,4%) às empresas.