POLÍTICA

Bolsonaro e Piquet: galpão para joias, carro blindado, meio milhão de reais e outros favores

Os episódios se acumulam desde a época em que o ex-presidente despachava do Palácio do Planalto e continuam até hoje

Nelson Piquet dirigiu carro que levou Bolsonaro à cerimônia de hasteamento da bandeira - Reprodução Twitter

Além da repercussão policial, o escândalo das joias sauditas escancarou mais uma vez a íntima relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet.

Os episódios se acumulam desde a época em que Bolsonaro esteve na Presidência da República — e continuam até hoje.

Veja como Piquet tem se mostrado leal a Bolsonaro com favores desde casos polêmicos a momentos de intimidade:

Galpão cedido: A colunista Bela Megale revelou neste sábado que o galpão emprestado pelo ex-esportista a Bolsonaro para guardar os presentes que recebeu enquanto esteve na Presidência da República contém 166 caixas com os mais variados tipos de objetos e outras nove com honrarias. Os mais de 9 mil itens do acervo pessoal de Bolsonaro ocupam 195 metros cúbicos da propriedade de Piquet em uma área nobre de Brasília.

Carro blindado: Nelson Piquet emprestou recentemente um Porsche blindado a Jair Bolsonaro após recusa do governo Lula em ceder um veículo de segurança reforçada ao ex-presidente, segundo o colunista Lauro Jardim. É com o modelo de luxo que Bolsonaro tem circulado por Brasília desde que retornou dos EUA.

Chofer: Piquet foi o responsável por dirigir o Rolls Royce que conduziu Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro à cerimônia de hasteamento da bandeira brasileira, no feriado da Independência de 2021.

Meio milhão de reais: A campanha à reeleição de Bolsonaro em 2022 recebeu uma doação de R$ 501 mil do ex-piloto Nelson Piquet. Era a maior doação recebida até então pelo candidato, excluindo os repasses do seu partido.

Férias em Angra: De folga em Angra na última semana, Bolsonaro foi visto em companhia do Nelson Piquet. O ex-presidente viajou até o litoral no jatinho do amigo, segundo o portal Metrópoles. Até o meio da semana, ele ainda não tinha aparecido para trabalhar em seu gabinete ao lado da sede do PL, em Brasília.