VIOLÊNCIA

Aniversário de adolescente nos EUA termina com 4 mortos e vários feridos a tiros

A instituição de segurança do Alabama não especificou se algum suspeito foi detido ou identificado

Tiroteio nos Estados Unidos mata quatro pessoas - Twitter/Reprodução

Pelo menos quatro pessoas morreram, e várias outras ficaram feridas em um tiroteio em uma pequena cidade no estado do Alabama, sul dos Estados Unidos – anunciou a polícia neste domingo (16), enquanto a imprensa local noticiou que as vítimas estavam em uma festa de aniversário.

Segundo veículos de comunicação e testemunhas, o incidente ocorreu na noite de sábado (15), durante uma festa de aniversário de "Sweet 16" – evento similar à tradicional celebração dos 15 anos nos países latino-americanos – em Dadeville, a nordeste da capital do estado, Montgomery.

"Este ato custou tragicamente a vida de quatro pessoas e deixou muitos feridos", confirmou a jornalistas o sargento Jeremy Burkett, porta-voz da Agência das Forças da Lei do Alabama. Mais cedo, a televisão local havia reportado ao menos 20 pessoas feridas.
 

A instituição de segurança do Alabama não especificou se algum suspeito foi detido ou identificado, embora tenha informado que uma investigação está em curso para determinar os responsáveis e suas motivações.

Aniversário mortal 
Este drama é "algo que nenhuma cidade deveria experimentar", disse o chefe da polícia de Dadeville, Jonathan Floyd.

A emissora te TV WRBL reportou na manhã deste domingo a intensa atividade policial, com fitas de isolamento da cena do crime em torno de um prédio, além de lençóis brancos cobrindo o chão.

Segundo a imprensa local e testemunhas, várias pessoas ficaram feridas, a maioria adolescentes. As vítimas foram levadas para hospitais próximos.

A WRBL reportou, também, que durante uma investigação preliminar, os peritos do gabinete do xerife avaliaram que uma discussão provocou o tiroteio durante a festa de aniversário, por volta das 22h30 de sábado (00h30 de domingo, horário de Brasília).

Phill Dowdell, irmão da adolescente que fazia aniversário, está entre os mortos, disse sua avó, Annette Allen, ao jornal local Montgomery Advertiser. O jovem estava no último ano do ensino médio e se formaria em algumas semanas.

"Todo mundo está de luto", disse Allen sobre a pequena comunidade de cerca de 3.000 moradores, acrescentando que a mãe dos Dowdell também foi ferida com um tiro.

Violência reiterada 
“Crimes violentos não têm lugar em nosso estado”, tuitou a governadora do Alabama, Kay Ivey, expressando sua “dor”.

Os Estados Unidos pagam um preço alto pela disseminação das armas de fogo em seu território e pela facilidade com que os americanos têm acesso a elas. Com cerca de 330 milhões de habitantes e uma estimativa de cerca de 400 milhões de armas de vários tipos em circulação, o país sofre com reiterados ataques a tiros em massa em que vítimas fatais são frequentes.

Na noite de sábado, autoridades confirmaram que duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas em um ataque a tiros em Louisville, no Kentucky, a mesma cidade onde um homem armado matou cinco pessoas em um banco na segunda-feira passada.

No fim de março, uma pessoa abriu fogo em uma escola de ensino fundamental em Nashville, vizinho ao Tennessee, matando três crianças de 9 anos e três funcionários antes de ser morta a tiros pela polícia.

Ilustrando o ciclo infernal de ataques a tiros que os Estados Unidos têm sofrido, as tragédias deste fim de semana no Alabama e no Kentucky ocorrem exatamente 16 anos depois de um massacre na Virginia Tech.

Em 16 de abril de 2007, um estudante perturbado matou a tiros 32 pessoas neste campus em Blacksburg, antes de se suicidar.