BNB promete financiar R$ 1,2 bilhão em atividades agrícolas e pecuárias em Pernambuco este ano

Do total, a maior parte (R$ 546 milhões) será destina à agricultura familiar

Pedro Ermírio: "banco é líder no financiamento de crédito rural no Estado" - Divulgação/BNB

O Banco do Nordeste (BNB), em uma medida para apoiar produtores agrícolas e pecuaristas, vai financiar aproximadamente R$ 14 bilhões em toda área de atuação da instituição financeira em 2023. Desse valor, R$ 9,2 bilhões são para agronegócio e o restante para agricultura familiar. Somente em Pernambuco, a meta é contratar R$ 1,2 bilhão em atividades agrícolas e pecuárias, dos quais a maior parte (R$ 546 milhões) vai para a agricultura familiar. A área de atuação do banco compreende estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo. 

Segundo o superintendente do BNB em Pernambuco, Pedro Ermírio de Almeida Freitas Filho, o banco é líder no financiamento de crédito rural no Estado, respondendo por quase 70% de todo o volume financiado. “Nós atendemos desde agricultura familiar até o agronegócio. Dessa forma, o banco se faz presente nas principais atividades do Estado. É importante ressaltar que foi iniciado, há alguns anos, o Programa Grãos Pernambuco com o apoio do BNB”, afirmou.

Pedro Ermínio também adiantou que essa ação objetivou, principalmente, minimizar as variações de preço do milho para beneficiar o setor avícola que é muito importante para o desenvolvimento econômico local. Já o superintendente de Agronegócio e Microfinança Rural do BNB, Luiz Sérgio Farias Machado, revelou que o banco é o principal agente financeiro do agronegócio em sua área de atuação, respondendo por 51,6% do crédito rural.

“Em 2022, foram contratados mais de R$ 14 bilhões em crédito rural com fonte do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) em mais de 626 mil operações com clientes todos os portes, inclusive agricultores familiares, o que representou um acréscimo de 43% em relação ao ano anterior”, acrescentou.

Nordeste
Na Região Nordeste, de acordo com o BNB, os produtores de grãos esperam colher, na safra 2023, mais de 25,8 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 8,6% em relação à safra anterior. Os grãos que puxam o crescimento são soja e milho. As informações compõem a análise do cenário macroeconômico realizado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) do banco com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O destaque da produção, revela o estudo, é a Bahia, que deverá produzir 10,9 milhões de toneladas, cerca de 42,5% da produção regional de grãos. Outras importantes contribuições são do Piauí - como o segundo maior produtor com previsão de 6,5 milhões de toneladas de grãos (alta de 25,5%) - ; e Maranhão, com produção de 6,4 milhões de toneladas de grãos (24,7% de crescimento).

“O aumento na expectativa da safra de 2023 é explicado não só pela expansão da área plantada, como também pela melhoria da produtividade, a exemplo do que ocorre nas principais culturas como soja, milho e feijão”, explicou a pesquisadora do Etene Hellen Saraiva Leão. Segundo ela, para acompanhar o momento no mercado, o produtor precisa investir em adaptação de técnicas e melhoria de produtividade.

Brasil
Para a Safra 2023, a estimativa da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas deverá alcançar 301,9 milhões de toneladas, alta de 14,7% em relação a 2022, que computou 263,2 milhões de toneladas. Com expectativas de recordes nas produções de soja (147,5 milhões de toneladas) e milho (122,5 milhões de toneladas), participação de 48,9% e 40,6% da produção de grãos do país, nesta ordem.

Entre as grandes regiões, a distribuição da produção de grãos deverá se concentrar, no Centro-Oeste (141,8 milhões de toneladas; 46,9%) e no Sul (91,0 milhões de toneladas; 30,1%), seguidos por Sudeste (28,1 milhões de toneladas; 9,3%); Nordeste (25,8 milhões de toneladas; 8,6%) e Norte (15,0 milhões de toneladas; 4,9%).