Campeão pernambucano: torcedores do Sport vestem a camisa e celebram a vitória pelo Recife Antigo
O Leão derrotou o Retrô por 2x0 na Ilha do Retiro e conquistou seu 43° título estadual, com gols de Vagner Love e Gabriel Santos
O coração do torcedor do Sport está cheio de alegria após o time ser consagrado campeão pernambucano no último sábado (22). O Leão derrotou o Retrô por 2x0 na Ilha do Retiro e conquistou seu 43° título estadual, com gols de Vagner Love e Gabriel Santos.
Pelas ruas do Recife Antigo, vários torcedores circularam, na manhã deste domingo (23), com a camisa do time e celebraram a vitória do Leão. Em muitos casos, o amor pelo Leão da Ilha passa de pai para filho.
De pai para filho
O servidor público Eugenio Porto, 42, e o filho, Rodrigo Porto, 9, são apaixonados pelo Sport. Eugenio afirmou que assistiu o jogo em casa e que a paixão pelo time foi transmitada para o filho.
“A gente assistiu o jogo em casa mesmo, na tranquilidade do lar. É chato ser Sport, é difícil ser 43 vezes campeão estadual, e multi campeão nacional. É uma paixão que passa de pai para filho”, disse Eugenio.
A relação entre Eugenio e o Sport surgiu lá atrás, com o incentivo do pai e do primo.
“A paixão veio do meu pai e de um primo meu, ambos me levaram para vários jogos e apesar da minha mãe ser alvirrubra, não tinha para ninguém, e ficou no Sport mesmo. Eu passo para o meu filho isso, também não é uma coisa muito difícil de fazer, de ensinar a gostar e do Sport, a torcer pelo Sport”, afirma.
Já o filho de Eugenio, o pequeno Rodrigo, ressalta que a maioria dos amigos da escola são torcedores do Náutico, e que vai tirar onda com os colegas de turma quando for para a aula.
“Eu não assisti em casa, eu fui com o meu amigo ao Clube Alemão e eu assisti lá, ele é Náutico, e eu fiquei esfregando na cara dele quando a gente ganhou. A maioria dos meus amigos são Náutico, e amanhã é dia de tirar onda com os meus amigos”, destaca o torcedor rubronegro.
Sport desde a infância
Apesar do pai ser torcedor do Santa Cruz, Rawan Araújo, 24, decidiu, ainda na infância, que o time de coração seria o Sport.
“Meu pai é tricolor, e desde criança ele sempre quis que eu fosse tricolor como ele, mas eu nunca via o Santa Cruz como uma paixão para mim, então quando eu tive uma certa idade, conversei com ele e disse: “Pai, eu não quero ser tricolor. Eu não gosto do Santa Cruz” e ele falou para eu escolher, e escolhi o Sport e desde criança sou Sport de coração”, pontua o torcedor.
Para Rawan, o momento é de felicidade. Ele assistiu ao jogo decisivo em casa.
“Eu comemorei em casa, estava trabalhando, quando larguei, fui para casa descansar e assistir o jogo, não podia deixar de assistir o Leão ganhar. Estou muito feliz, sei que o time representou, todo mundo jogou com muita garra e o momento é de felicidade, tem que comemorar”, disse.
Acostumada a vencer
“A sensação para quem já está acostumado a vencer o pernambucano é ótima”. Assim, a farmacêutica Suyla Leite, 22, define a vitória do Sport que consagrou o time com o 43º título de campeão pernambucano.
“É muito bom você olhar para o outro torcedor, o torcedor do Santa Cruz, do Naútico e saber que a gente pode vencer por eles”, acrescenta a torcedora.
A farmacêutica assistiu ao jogo em casa. “O jogo foi muito bom, a gente assistiu em casa, brincando um pouco, jogando quebra-cabeça, assistimos também a entrega do troféu, foi muito legal. O Sport tem mais de 40 títulos, ainda mais vencer o Retrô. A gente venceu, foi muito bom, e saber ainda que o Sport também pode ser o melhor do Nordeste e quem sabe futuramente voltar para a série A”, destaca.
Próximos passos do time
O torcedor rubronegro Ricardo Silva Cavalcanti, 22, já sabia que o Sport iria ganhar. Ele destaca o que espera do time nos próximos meses.
“Fizeram um time comprado para ver se ganhava do Sport, não ganhou, felizmente. Acho que agora só vai ser o básico, campeão pernambucano, campeão da Série B, voltar para Série A, pelo menos as quartas de finais da Copa do Brasil, eu acho que é o mínimo. Daqui a pouco tem que surgir outros times ou o Retrô para ver se ganha do Sport, porque está meio complicado, Naútico, Santa, já passou o tempo, o Retrô está vindo aí, mas precisa de outra coisa já, a gente precisa de uma renovada”, afirma.
Desde pequeno, Ricardo frequenta a Ilha do Retiro. “Quando eu era pequeno, meu pai trabalhava na Ilha do Retiro, então era normal eu ir para lá, meu pai era segurança de lá. Eu fui para o título de 2008 da Copa do Brasil, eu joguei basquete no Sport também, quando eu tinha 12, 13 anos, fiquei um bom tempo lá, e eu ia muito, quase todo final de semana eu ia assistir jogo no Sport", detalha.
Onda de vitórias
A onda de vitórias do time anima bastante o torcedor, de acordo com Danilo Rafael, de 37 anos.
“O Sport vem com uma onda de vitória, isso anima bastante a gente torcedor, estamos bastante empolgados, vêm mais finais, os próximos jogos também na adrenalina, e foi bastante legal o jogo de ontem. Foi um pouco sofrido, mas na expectativa da vitória”, pontua.
A relação de Danilo com o Leão surgiu através do tio, que levou ele ao estádio ainda quando criança. A partir disso, criou-se um vínculo que dura até hoje.
“Virou essa coisa já enraizada na família, que vai passando de geração em geração. Sempre que dá, estou indo para a Ilha, mas ainda tenho uma relação com a torcida, devido a esses momentos de agressões, eu fico meio vetado a ir para o estádio ainda”, disse.