SAÚDE

Ministério da Saúde tem 138 milhões de doses bivalentes asseguradas, mas adesão segue lenta

Até o momento, campanha de vacinação não conseguiu alcançar todo o público prioritário inicial. Pasta ampliou recomendação para todas as pessoas acima de 18 anos

Vacina bivalente contra a Covid-19 - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O Ministério da Saúde ainda dispõe de mais de 138 milhões de doses bivalentes contra a Covid-19 para a população em 2023. As unidades integram um acordo fechado com a Pfizer no final de 2022.

Nessa segunda-feira (25), a pasta resolveu ampliar a campanha nacional de vacinação para todas as pessoas acima de 18 anos. Segundo a Saúde, o estoque do produto é suficiente para imunizar o novo público, estimado em 97 milhões.

No final de dezembro, o ministério assinou um acordo com a Pfizer para a compra de 50 milhões de doses bivalentes. Junto a aquisições anteriores, o número total de doses estava em 150 milhões em janeiro. No final de fevereiro, o governo lançou o Movimento Nacional Pela Vacinação, e, conforme informações da Saúde ao Globo, até hoje, 10,3 milhões de brasileiros foram vacinados com o imunizante desde então.

A pasta reforça que “não vai faltar” vacina, e novas remessas serão repassadas aos estados quando necessário. A preocupação, na verdade, é outra: o ritmo de adesão segue lento, e as coberturas vacinais, baixas. Até o momento, a campanha não conseguiu alcançar todo o público prioritário inicial.
 

No início de abril, mais de um mês após o início da campanha, os dados eram de que menos de 15% do grupo prioritário havia se vacinado. Também à época, o governo deicidiu ampliar a imunização para os jovens acima de 12 anos com comorbidades.

A nova recomendação é para pessoas com mais de 18 anos, que já tenham recebido ao menos duas doses da vacina monovalente, podendo ser Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer, como esquema primário ou como dose de reforço. Também é importante ter um intervalo de quatro meses de aplicação da última dose.

O imunizante bivalente foi desenvolvido pela Pfizer e expande a proteção contra a variante Ômicron da Covid, que passou a ser transmitida em 2021. As doses originais das vacinas, embora eficazes para prevenir quadros piores, não são tão potentes contra as novas versões do vírus.

Até a medida de hoje, a Saúde disponibilizava a aplicação da bivalente para:

Pessoas com mais de 60 anos;

Gestantes e puérperas;

Pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos;

Pessoas com deficiência a partir de 12 anos;

Pessoas com comorbidades a partir de 12 anos;

Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);

Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

Trabalhadores e trabalhadoras da saúde;

Pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.