"Ouvi que era jovem para ter câncer", diz mulher com mama extirpada por diagnóstico tardio
Dor e secreção foram os primeiros sintomas sentidos pela britânica de 24 anos
Uma britânica de 24 anos precisou remover um dos seios após ser diagnosticada com câncer de mama. O problema é que a jovem, ao procurar ajuda, ouviu de médicos que ela era "muito jovem" para ter a doença, o que é um erro.
Apesar de o câncer de mama ser mais comum em pessoas com mais idade, ele pode, sim, afetar mulheres jovens e até mesmo homens.
Alicia McGoogan, de Manchester, na Inglaterra, começou a sentir dores no seio direito em dezembro de 2021. Na época, ela acreditou que este seria um sintoma de menstruação. Mas, durante um banho, ela notou uma secreção amarela vazando de seu seio direito. Na hora, ela soube que algo estava acontecendo" que "não era normal" e precisava ser examinado, contou ao portal de notícias Daily Mail.
Ao se consultar com um médico, foi recomendada a se tratar com antibióticos, já que o especialista acreditou se tratar de uma infecção em seu duto de leite.
Quando seus sintomas não melhoraram, McGoogan foi encaminhada ao hospital, onde os médicos disseram "muitas vezes" que ela era muito jovem para ter câncer de mama. Os exames revelaram que ela tinha um duto de leite bloqueado, que foi removido por meio de cirurgia.
Os resultados dos exames para a remoção do duto de leite bloqueado mostraram que McGoogan tinha células atípicas — que não eram cancerígenas — então ela pensou que estava tudo bem.
"Os médicos disseram várias vezes que eu provavelmente era jovem demais para ter câncer de mama. Eles meio que disseram 'não se preocupe, você é muito jovem, é altamente improvável que seja câncer de mama'".
Mas sua dor persistiu e um nódulo do tamanho de uma bola de golfe se desenvolveu em seu seio. Aí, a jovem pressionou por mais exames. Os médicos finalmente realizaram uma biópsia, confirmando que ela tinha câncer de mama em estágio dois em maio de 2022.
A jovem realizou uma mastectomia que removeu completamente sua mama direita. Agora ela planeja se submeter à reconstrução da mama assim que o tratamento contra o câncer terminar.
A operação de 90 minutos, conduzida sob anestesia geral, envolve a remoção de todo o tecido mamário e a maior parte da pele que o cobre.
"Sinto que se o câncer tivesse sido descoberto antes, as chances de eu fazer uma mastectomia teriam sido reduzidas. Talvez precisasse tirar apenas uma parte. Mas por causa do tempo que o tumor teve para crescer e se espalhar para diferentes partes do meu seio, a única opção foi remover o seio inteiro", lamenta a jovem.