Ministro argentino diz que vai rediscutir com FMI e recorrer à Justiça, após dólar beirar 500 pesos
Sergio Massa foi às redes sociais e disse que vai "usar todas as ferramentas do Estado para ordenar esta situação"
Após o presidente Alberto Fernández culpar a “direita argentina” pela alta do dólar, o ministro da Economia, Sergio Massa, disse que utilizará “todas as ferramentas do Estado” para solucionar a instabilidade econômica no país. Anunciou ainda que vai rediscutir o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de outra forma e que irá à Justiça para "esclarecer algumas condutas" tomadas nos últimos dias.
Quando o dólar blue atingiu 497 pesos, Massa apresentou suas primeiras impressões sobre a moeda americana desde o início da crise na semana passada.
"Há vários dias vivemos uma situação atípica de rumores, versões, relatórios falsos e seu consequente impacto nos instrumentos financeiros atrelados ao dólar"' , afirmou o ministro em um post no Twitter, acrescentando em seguida: "Vamos usar todas as ferramentas do Estado para ordenar esta situação”.
Nesse sentido, afirmou que o governo notificou o FMI das "restrições" que pesam sobre o país: "Vamos mudar na rediscussão do programa".
Assim assinalou a seus sócios kirchneristas da coalizão, que reclamam da forma como foi negociado o acordo com o Fundo e pressionam para selar outro pacto, diferente daquele assinado pelo ex-ministro Martín Guzmán.
“Além disso, vamos utilizar a Justiça penal econômica como veículo de investigação e esclarecimento de algumas condutas, e a UIF [da Unidade de Informações Financeiras] e a CNV [Comissão Nacional de Valores Mobiliários] para a análise de operações relacionadas à lavagem de dinheiro”, sustentou também o líder da Frente Renovadora.
Massa disse ainda que o governo vai receber recursos do FMI para continuar a reforçar as reservas que foram "prejudicadas" pela seca que atingiu o país, e que vai apostar em acordos multilaterais e na transformação das exportações em iuan.