Futebol

Dado evita criticar VAR e espera que Náutico tire aprendizados da derrota de olho na Série C

Timbu foi superado por 2x0 para o Cruzeiro, nesta terça (25), no Independência, pela Copa do Brasil

Dado Cavalcanti, técnico do Náutico - Tiago Caldas/CNC

Cautela para falar da arbitragem e foco no “aprendizado” que a derrota pode trazer para o restante da temporada. Eis o resumo da coletiva do técnico do Náutico, Dado Cavalcanti, após o tropeço do clube diante do Cruzeiro, por 2x0, no Independência, pelo duelo da volta da terceira fase da Copa do Brasil. Resultado que eliminou o Timbu da competição.

“O roteiro do jogo estava pronto. Entendemos que não devíamos vir aqui de guarda baixa, nem aceitar um jogo de trocação. Marcamos mais baixo, mas a narrativa deu ao Cruzeiro mais posse de bola e, com a qualidade dos jogadores, agredir mais, finalizando mais vezes. Mesmo com tudo isso, tivemos duas bolas que talvez mudariam completamente o contexto do jogo”, iniciou. 

“A mesma bola do jogo que tivemos nos Aflitos, tivemos hoje. Por duas vezes. A diferença é que não fizemos (o gol). Se fizéssemos, a história seria outra. O Cruzeiro foi superior e mereceu a classificação. Lamentamos muito e não dá nem para cobrar os atletas. Eles deram o seu melhor. Na hora de trabalhar a bola, trabalhamos. Na hora de chegar em contra-ataque, chegamos. O Cruzeiro criou mais chances e teve a competência necessária para fazer os gols”, completou. 

Os alvirrubros saíram na bronca com a arbitragem por conta de um suposto pênalti não marcado em cima de Kayon, ainda no primeiro tempo, quando a partida estava 0x0. Dado, contudo, optou por ser cauteloso na cobrança.

“Lamentar um pênalti depois de uma derrota soa sempre como desculpa. Não sei o que aconteceu para os árbitros não terem sido chamados para visualizar o lance no VAR. Falei com Luiz Flávio (árbitro) se o VAR estava funcionando e ele disse que estava. Óbvio que um pênalti em um jogo como esse traria uma vantagem. Lógico que precisaríamos concluir, mas é um lance fatal, que poderia transformar a partida, com a gente indo ao intervalo ganhando por 1x0. Mas repito: não vi a imagem e não entendo a não visualização do VAR também”, explicou. 

Ficou o aprendizado

Da frustração pela eliminação na Copa do Brasil, Dado prefere extrair lições importantes antes do principal objetivo do Náutico em 2023, a disputa da Série C.

“Fizemos um jogo grande. Não passamos. Mas estive aqui ano passado, com o próprio Náutico, diante do Cruzeiro, uma condição bem diferente. O Náutico de Série B e o Cruzeiro também. A diferença para hoje é que eles subiram para A, com orçamento da A, e nós caímos para C, com orçamento da C. O abismo que já existia ficou mais escancarado. Em vários momentos, dentro das nossas limitações, fizemos um jogo de igual para igual. Um jogador do Cruzeiro paga duas folhas do Náutico. É uma diferença significativa. Na Série C, isso não vai acontecer. Chegaremos mais fortes. Esse tipo de jogo nos faz evoluir, jogando contra adversários mais qualificados tecnicamente, com margem de erro menor. Sempre aprendemos um pouco mais com o adversário e aprendemos hoje com o Cruzeiro. Espero levar esse aprendizado para a Série C, tendo a competência necessária para conseguir a classificação (à Série B)”, finalizou.