Governo do Estado do Rio de Janeiro oficializa nova cessão do Maracanã a Flamengo e Fluminense
O documento registra o pagamento de R$ 14.250.519,80 como valor da outorga mais as despesas, a cargo dos clubes; dupla trava briga com Vasco pela licitação do estádio
O Governo do Estado do Rio de Janeiro oficializou nesta quarta-feira (26) o acordo de cessão temporária do Maracanã para utilização de Flamengo e Fluminense para os próximos 180 dias. O sétimo termo de Permissão de Uso (TPU), publicado no Diário Oficial, tem duração até o dia 23 de outubro. O concessionário no contrato é o Flamengo, com o Fluminense entrando como interveniente anuente.
Na última terça-feira, a Casa Civil do Governo do Estado manifestou expectativa de retomada da licitação do Maracanã em 40 dias.
Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama vêm travando batalha intensa nos bastidores pela licitação do Maracanã. O clube de São Januário entende que pode participar da concessão do estádio e já apresentou diversos projetos para tal, mas encontra resistência de Flamengo e Fluminense.
O Vasco aguarda uma posição da Justiça sobre o pedido de mandado de segurança impetrado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ).
A ação segue correndo e a expectativa é que mesmo com a renovação, a prorrogação TPU ainda possa ser revertida. O clube pede que o processo seja feito por meio de chamamento público, possibilitando que entre na concorrência e apresente uma proposta própria de gestão. Flamengo, Fluminense (por meio de advogados) e Governo do Estado (por meio da Procuradoria Geral do Estado) se manifestaram contra nos autos do processo.
A decisão agora caberá ao juiz de corte especial que assumir o caso. O juiz de 1º grau Marcello Alvarenga Leite declinou da competência do caso na noite desta terça. O pedido do Vasco será redistribuído para uma das Câmaras de Direito Público.
É impressionante a falta de espírito público dos atuais gestores do Maracanã. Eles se negam a autorizar um jogo do Vasco. Já o Vasco, se assumir o próximo contrato provisório, garante todos os jogos deles, critica Carlos Roberto Osório, vice-presidente geral e atual presidente em exercício do Vasco.
Osório alega que o Vasco pediu para jogar contra o Palmeiras no Maracanã com um mês de antecedência, quando não havia sequer detalhamento da tabela do Brasileirão e sorteio da fase de grupos da Libertadores, mas não houve resposta. Segundo ele, o consórcio pediu mais tempo e postergou a decisão — vencida na Justiça pelo cruz-maltino. Agora, o clube tenta de todas as formas participar dos processos. E garante que incluirá os rivais numa eventual gestão do estádio.