Homem é acusado de praticar homofobia no Parque das Graças, no Recife
Expectativa é de que boletim de ocorrência do caso será registrado ainda nesta noite
O Parque das Graças, na Zona Norte do Recife, foi cenário de um episódio de homofobia nesta quarta-feira (26), segundo relatou uma das pessoas que presenciou a cena. A expectativa é de que um boletim de ocorrência sobre o caso seja registrado, junto à Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), ainda nesta noite de quarta-feira (26).
Pedindo para não ter a identidade revelada, uma mulher afirmou que um grupo de adolescentes usava os brinquedos do espaço para filmar coreografias. Foi então que dois homens acompanhados por seus cachorros se aproximaram. Um deles adotou postura agressiva e homofóbica.
“Eu estava no Parque das Graças com outras cinco mães e seus filhos. No grupo, eram aproximadamente 10 jovens com uns 16 anos. Tinha um gay e uma mulher travesti no grupo. Aí, um homem chegou com o cachorro e começou a gritar com eles, porque estavam nos brinquedos. Os jovens fugiram, porque ele botou o cachorro para cima deles. Eu estava aos prantos e o abusador olhando. Virou um pânico”, relatou inicialmente.
Em seguida, o homem viu um casal homoafetivo se abraçando no grupo de mães que monitoravam seus filhos brincando no parque e fez um comentário homofóbico.
“Uma mãe que estava comigo abraçou a companheira, foi quando ele disse que 'agora gays acham que podem tudo, porque eu estou defendendo vocês, e vocês estão defendendo essa put*#@*”, alegou.
De acordo com ela, o homem que gritou com os adolescentes e fez o comentário homofóbico tem, aproximadamente, 50 anos de idade. Ele estava com um cachorro preto e vestia uma camisa verde e um boné amarelo.
Em busca de suporte da Justiça, ela está acompanhada de outras quatro pessoas na Central de Plantões da Capital (Ceplanc), em Campo Grande, no Recife, neste momento, para realizar o registro de um boletim de ocorrência sobre o que viveu.
“Esse é um crime de ódio e violência por motivo fútil e injustificável. Estávamos todos em um ambiente infantil e familiar, e foi um desespero. Eu e uma outra mãe fomos as principais atingidas, porque os filhos da gente estavam brincando numas cordas ali perto”, relembrou.