Tenista russa é impedida de entrar em avião, fica 18 horas em aeroporto e perde torneio
Companhia teria política de não transportar cidadãos da Rússia desde o início do conflito
Uma tenista russa disse ter sido impedida de entrar em dois voos em um aeroporto por restrições contra cidadãos do país feitas pelas empresas aéreas. Vitalia Diatchenko, número 250 no ranking WTA, contou que não pôde acessar a aeronave da LOT Airlines, empresa sediada na Polônia que adotou uma política de não permitir o embarque de cidadãos russos.
A mesma recusa ocorreria, segundo ela, pouco depois, quando foi impedida de comprar um bilhete de um voo da companhia alemã Lufthansa. Ela só conseguiria deixar o país após cerca de 18 horas de espera no aeroporto.
“Você não pode se preparar para isso de forma alguma e não será capaz de se proteger. Isso tudo é muito triste, porque pessoas comuns e atletas que nada têm a ver com o que está acontecendo no mundo sofrem com isso”, disse a tenista, segundo o portal russo Sportbox.
Vitalia tentava acessar um avião em um aeroporto no Cairo, capital do Egito, com destino à Polônia e afirmou “ter todas as cartas de recomendação da WTA” para que conseguisse realizar os trâmites. Ela afirma que nem mesmo uma carta de recomendação assinada pelo pai, que nasceu na Ucrânia e trabalha na ONU, foi o suficiente para que ela pudesse acessar o avião.
Por conta do atraso, a atleta perdeu a oportunidade de disputar um torneio no qual estava inscrita, em Nice, na França. Em um longo relato publicado em suas redes sociais, Vitalia afirmou ter sido tratada como uma “cidadã de terceira classe”.
“Passei a noite no aeroporto, fui tratada como uma pessoa de terceira classe, gastei alguns milhares de euros, agora não há como chegar ao torneio, pois não há rota devido às companhias aéreas que não transportam russos e restrições de visto. No final, tenho que me recusar a participar, e a única opção é voltar para casa e perder outro torneio por causa dessa situação”, desabafou.