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Pesquisa Ipsos: mesmo com juros altos, brasileiros estão mais confiantes com a economia

Levantamento é feito mensalmente pelo instituto; país só é menos otimista que a Indonésia

Consumidor - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Brasil é o segundo entre 29 países do Índice Global de Confiança do Consumidor, pesquisa mensal da Ipsos obtida pelo Globo. Em abril, o país ficou atrás, apenas, da Indonésia, e aparece com 57,9 pontos, 1,6 ponto a mais do que o registrado em março.

O país asiático que lidera a lista aparece com 63,5 pontos. Em seguida, estão México e Índia, com 56,2 e 55,5 pontos, respectivamente.

Quanto maior é a pontuação, maior é grau de confiança que os consumidores têm em relação à economia naquele país. São medidas as impressões do público em relação à situação econômica atual, tanto pessoalmente quanto no nível nacional; às expectativas futuras; aos investimentos e ai mercado de trabalho.

O consumidor do Brasil é o que teve alta mais acentuada em seu nível de confiança nos últimos 12 meses até abril. Houve crescimento de 11,3 pontos, mesmo em meio à alta da taxa Selic, que hoje está em 13,75% ao ano, o que perfaz um dos mais altos juros reais do mundo e limita a concessão de crédito e o crescimento da economia.

Já Turquia e México aparecem em segundo e terceiro lugares como maiores variações positivas no período, com 10,5 e 6,2 pontos.

O Brasil figura entre os nove países que registraram uma pontuação acima de 50, ao lado de Mexico (56,2 pontos), Índia (55,5), Cingapura (55,1), Tailândia (53,7), Holanda (51,7), Estados Unidos (50,7), Alemanha (50,3), e Malásia (50,2).

Os resultados do levantamento mostram que, no geral, consumidores de países em desenvolvimento têm se mostrado mais confiantes que os de grandes potências. Os Estados Unidos, por exemplo, que têm elevado juros para conter uma inflação crescente, aparecem com 50,7 pontos. Já o Reino Unido tem 44 pontos e a Itália, 43,8.

Na lanterna da lista, estão Hungria (34,7 pontos) e Argentina (33,6), países que enfrentam crise econômica.

No Brasil, a amostra da pesquisa, que é realizada mensalmente pela Ipsos, foi de aproximadamente 1 pessoas. Globalmente, foram ouvidas 21,2 mil pessoas, por meio de plataformas online. Na maior parte dos países, foram ouvidos consumidores com idades entre 16 e 74 anos.