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Janja usa cocar com nome de Lula em evento de demarcação de terras indígenas

Primeira-dama posou com vestimenta indígena ao lado do marido e de uma criança, que acompanhava a cerimônia

Primeira-dama usa cocar com nome de Lula - Reprodução

A primeira-dama Rosângela Silva, mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vestiu um cocar com o nome de Lula escrito durante evento no Acampamento Terra Livre, nesta sexta-feira (28). Na cerimônia, o chefe do Executivo demarcou seis terras indígenas, localizadas em seis estados brasileiros, e liberou R$ 12,3 milhões para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

O cocar foi um presente para Lula e entregue pelo Cacique Raoni, que discursou na cerimônia. O presidente também vestiu o ornamento, que depois foi entregue à Janja. A primeira-dama convidou ainda uma criança indígena do Acampamento Terra Livre para subir ao palco e posou com ela no colo, usando a vestimenta.

O evento, que ocorre desde de 2004, mobiliza anualmente centenas de povos indígenas até a capital federal pela luta dos direitos. Além da primeira-dama, Lula estava acompanhado pelos ministros Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Maria Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Esther Dweck (Gestão), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), além da presidente da Funai, Joenia Wapichana, do líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, e do cacique Raoni Metuktire — conhecido em todo o mundo por sua luta pela preservação da Amazônia e dos povos indígenas.

Na cerimônia, Lula afirmou que pretende cumprir sua promessa de campanha e demarcar "o maior numero possível de terras indígenas" durante o seus quatro anos de mandato. Em declaração em evento em Brasília, porém, ele reconheceu que o processo não é simples e pode levar algum tempo.

— Eu queria que vocês tivessem consciência de que nós vamos fazer tudo aquilo que falamos que vamos fazer durante a campanha. Vamos legalizar as terras indígenas. É um processo um pouco demorado. Nossa ministra (Sonia Guajajara, do Povos Indígenas) sabe do processo, tem que passar por muitas mãos e a gente vai ter que trabalhar muito para que a gente possa fazer a demarcação do maior numero possível de terras indígenas — afirmou o presidente, que acrescentou: — Eu quero não deixar nenhuma terra indígena que não seja demarcada nesse meu mandato de quatro anos. Esse é um compromisso que eu tenho e que eu fiz com vocês antes da campanha.