Liberdade

Jornalista da Al-Jazeera é solto no Egito com melhora das relações com Catar

A família do jornalista confirmou seu retorno

Jornalista da Al Jazeera Hisham Abdelaziz - Reprodução Al Jazeera

O Egito soltou, no domingo (30), um jornalista da Al-Jazeera "depois de quatro anos" de prisão provisória, anunciou a rede de televisão catari, no marco da melhoria das relações com o Catar.

Após mais de três anos de ruptura, o Egito, junto com Bahrein, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, retomaram as relações com o Catar, o qual acusavam, apesar das negativas, de apoiar grupos extremistas e criar divergências regionais.

"As autoridades egípcias libertaram nosso colega Hicham Abdelaziz, jornalista da Al-Jazeera Mubasher, após quatro anos detido", anunciou no Twitter a emissora na madrugada de domingo para segunda.

A família do jornalista confirmou seu retorno, informou.

De nacionalidade egípcia, Hicham Abdelaziz foi detido em junho de 2019 durante uma visita a sua família no Egito.

A Segurança do Estado egípcio o acusava de "pertencer a um grupo terrorista" e de "difundir falsas informações", segundo a Associação para a Liberdade de Pensamento e Expressão (AFTE) no Egito.

Em setembro de 2022, o Egito libertou Ahmed Al-Najdi, jornalista da Al-Jazeera. Outros dois repórteres do grupo catariano, Bahaa El-Din Ibrahim e Rabie El-Sheikh, continuam presos no Egito, ambos acusados dos mesmos crimes.

Afetado por uma profunda crise econômica, o Egito se aproximou do Catar, um emirado do Golfo rico em gás.