Arcabouço fiscal

Relator diz que apresentará novo texto do arcabouço fiscal na próxima semana

Propostas apresentadas foram bem avaliadas por Haddad, afirma deputado

Cláudio Cajado, relator do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados - Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O relator do projeto do novo arcabouço fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou que irá apresentar o texto do projeto na próxima quarta-feira. Ele se reuniu nesta quinta-feira com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

No encontro, ele apresentou o esboço inicial do texto, chamado por ele de "Regime Fiscal Sustentável". Cajado deve fazer mudanças em relação à proposta do governo.

"As propostas apresentadas por mim e por nossa equipe técnica foram bem avaliadas, inclusive, pelo ministro que se prontificou a discutir com as equipes do governo as mudanças", afirmou o deputado em nota.

Ele também se reuniu com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, para explicar as ideias centrais que guiarão o texto.

"Iniciaremos na semana que vem uma nova rodada de reuniões com as principais bancadas da Casa. A expectativa é apresentarmos até a próxima quarta-feira o nosso relatório", afirmou.

Após o encontro, Haddad disse que a base do arcabouço fiscal está alinhada entre governo e Congresso.

A votação do arcabouço fiscal deve ficar para depois de Haddad voltar de viagem ao Japão, que ocorrerá na próxima segunda-feira e vai até o dia 15. O presidente da Câmara também viaja nesta semana, para os Estados Unidos. O planejamento incial era de votação na próxima semana, até o dia 10 de maio.

Haddad vai participar na próxima semana da reunião G7, e haverá reuniões bilaterais com ministros dos Estados-Membros.

— Como eu vou estar em viagem a semana que vem lá para G7 e o presidente Lira também estará viajando, nós fomos acertar com o relator o cronograma de apresentação do relatório da regra fiscal. É um assunto interno da Câmara, não vou antecipar a decisão, mas eu fiz algumas ponderações de que votação aconteça quando eu e o presidente Arthur Lira estivemos de volta.

O ministro entende que na reta final, durante a votação, pode haver algumas dúvidas ou erros de interpretação sobre o regramento. Ele também argumentou eventuais mudanças no textos estão sendo discutidas “publicamente” e disse definiu como “quase medieval” mecânicos mais rígidos de punição em possíveis descumprimento de metas.

— O que precisa que estão tratando como enforcement, que é você ter uma rigidez maior, o próprio relator está tratando, mas de acordo com a Constituição, com os princípios mais modernos da administração pública. Com seriedade — argumenta.