Banco Central

Diretoria que Galípolo assumirá no BC é a mais importante para a definição dos juros

Economista com passagem pelo mercado financeiro, ele atualmente é secretário-executivo de Haddad

Banco Central - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (8) que Gabriel Galípolo será indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). Galípolo é atualmente secretário-executivo de Haddad, braço direito do ministro nas discussões na Fazenda.

O diretor de Política Monetária é um cargo fundamental dentro do BC na definição dos juros, na interlocução com o mercado financeiro e também para a política cambial. O governo Lula tem criticado recorrentemente o atual patamar da Taxa Selic, em 13,75%.

Galípolo, no cargo de diretor, irá administrar a execução dos instrumentos das políticas monetária e cambial, visando o regular funcionamento dos mercados. É sob esta diretoria que ficam as mesas de câmbio e de juros, ou seja, a operações dos leilões de títulos e swaps cambiais que regulam a oferta de dinheiro e de dólares em circulação.

Será ele que irá estabelece a orientação técnica em relação à administração das reservas internacionais do país e outros sistemas do dia a dia do setor bancário e das infraestruturas do mercado financeiro.

Galípolo acumula experiências no setor público e privado, sendo reconhecido por ser uma das figuras chaves para intermediar a relação entre a campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva com atores do mercado financeiro, nas eleições deste ano.

O novo diretor atuou de 2017 a 2021 como presidente do Banco Fator e, desde de 2009, é sócio na própria empresa, Galípolo Consultoria, responsável por estudos de viabilidade econômico-financeira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs).

O nome de Galípolo ainda será analisado pelo Senado.