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Enderson critica primeiro semestre frenético para clubes do Nordeste: "jogamos mais que o ideal"

Entre os clubes participantes da Série B, o "G-4" com mais partidas em 2023 é composto por equipes da região

Sport 2x1 Sergipe, pela Copa do Nordeste - Rafael Bandeira/SCR

O Sport vem encarando um primeiro semestre frenético na temporada. No mês passado, por exemplo, por conta das decisões do Estadual e da Copa do Nordeste, o Rubro-negro viu seus primeiros jogos da Série B serem adiados por falta de calendário. Além disso, também teve que entrar em campo pela Copa do Brasil. Para se ter uma ideia, o Leão já entrou em campo em 31 oportunidades no ano. Entre as equipes que disputam a Segundona, apenas CRB e ABC jogaram mais, com 35 e 32 partidas respectivamente. Na Copa Alagoas, no entanto, o Alvirrubro costumava utilizar um time alternativo. 

Derrotado pelo Sport no domingo, o Guarani só teve 19 jogos na temporada. O Tombense, adversário desta quarta-feira, entrou em campo 20 vezes. Atual líder da Série B, o Criciúma acumula 24 jogos em 2023. Tal disparidade no número de partidas com clubes de outras regiões do País, foi comentada pelo técnico Enderson Moreira depois da vitória sobre o Bugre. Na visão do treinador, os clubes nordestinos sofrem com o excesso de jogos no primeiro semestre. Além dos Estaduais, as principais equipes também disputam o Nordestão. 

Entre os times da Segundona, o quarto clube com mais jogos no ano é o Ceará. O Vozão soma 27 aparições no ano. "Um aspecto que eu acho que pesa muito para nós do Nordeste é que jogamos muito mais que o ideal. Em determinado momento, a gente tem uma sucessão de jogos, onde não conseguimos abrir uma semana, recuperar os atletas, preparar em algum momento uma situação”, começou.

“As competições foram boas, positivas, mas jogamos muito mais que o ideal. Se a gente tirasse umas cinco ou seis partidas, a gente caminharia para o que acho que seria ideal para um início de temporada”, completou. 

Contra o Guarani, o Sport venceu por 2x0, mas teve boas chances de fazer um placar mais elástico. De acordo com Enderson, as oportunidades desperdiçadas também têm ligação com o pouco tempo para recuperar os jogadores entre uma partida e outra. 

“Estamos falando de chances que desperdiçamos, e pode ser até por acúmulo de jogos, desgaste. Às vezes, o jogador entra desgastado no jogo, fora das melhores condições. Às vezes, para encher o ‘tanque’ ele precisaria de mais um dia de recuperação e não temos. Ele tem que entrar com 90% do ‘tanque’ cheio, e sempre vai faltar um detalhe ou outro. Por isso, em determinado momento precisamos fazer esse cara sair do processo, abrir uma semana por nossa conta para que ele possa encher o ‘tanque’ novamente”, enfatizou.