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Banco Mundial aponta que preservação da Amazônia vale US$ 317 bilhões, sete vezes mais que o Agro

Os dados, segundo os pesquisadores, foram considerados de maneira conservadora no relatório

Amazônia - Reuters/Amanda Perobelli

Um relatório do Banco Mundial divulgado na noite desta terça-feira (9) indica que a preservação do bioma Amazônico pode gerar o montante de US$ 317 bilhões por ano, o equivalente a sete vezes mais que o valor estimado da exploração de bens da agricultura extensiva, madeireira e mineração.

O número está dividido em quatro áreas de impacto da Amazônia. Como bem público, o valor com os “serviços ecossistêmicos” é estimado em US$ 20 bilhões anuais para a América do Sul. O relatório cita como exemplos desses serviços a chuva necessária para a agricultura da região e a proteção contra a erosão do solo e os incêndios.

Já o valor anual do armazenamento de carbono é estimado em US$ 210 bilhões e a estimativa ligada à biodiversidade e cobertura florestal é de US$ 75 bilhões.

Por último, estão os valores de “uso privado sustentável” da floresta em pé, como, por exemplo, a produção de produtos não madeireiros ou o turismo sustentável, que são estimados em US$ 12 bilhões anuais.

“Impedir o desmatamento ilegal não é apenas uma prerrogativa econômica e ambiental, mas também se alinha aos compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito do Acordo Climático de Paris”, diz o relatório do Banco Mundial, lembrando que na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 — a COP26 — o Brasil antecipou para 2028 sua meta de zerar o desmatamento ilegal no país.

A cifra de US$ 317 é considerada uma "avaliação conservadora" dos valores totais anuais de proteção do bioma.