Petróleo

Suposta 'sabotagem' provoca vazamento de petróleo na Amazônia equatoriana

Petrolífera alega que SOTE, capaz de transportar 360 mil barris por dia, foi alvo de perfuração clandestina

Companhia suspendeu temporariamente o bombeamento de petróleo bruto pelo SOTE, garantindo que "esta medida não afeta as exportações - Pixabay

Um oleoduto estatal no Equador sofreu uma "sabotagem", nesta quarta-feira (10), que provocou um vazamento de petróleo perto de uma nascente na floresta amazônica. A estatal Petroecuador informou a suspensão das atividades da companhia.

A "sabotagem" contra o Sistema de Oleodutos Transequatoriano (SOTE) provocou o vazamento de petróleo, que "ocorreu intencionalmente perto de um corpo d'água" na região do Lago Agrio (leste), informou a empresa, sem especificar a quantidade de óleo derramado.

O SOTE, capaz de transportar 360 mil barris por dia, foi alvo de perfuração clandestina, alegou a petrolífera, que repudiou os "atos criminosos" contra esta estratégica infraestrutura estatal.

"A emergência foi controlada", informou a Petroecuador. A companhia reportou, ainda, ter mobilizado uma equipe para conter e limpar o petróleo derramado.

A companhia suspendeu temporariamente o bombeamento de petróleo bruto pelo SOTE, garantindo que "esta medida não afeta as exportações, pois há petróleo suficiente nos tanques de armazenamento".

O petróleo é uma das principais fontes de financiamento da economia dolarizada do Equador, que extraiu, em média, 469 mil barris por dia em janeiro e fevereiro. Desse total, 64% foram destinados à exportação.

O Equador conta, ainda, com o Oleoduto de Petróleo Pesado (OCP) - uma companhia privada -, que fornece 450 mil barris por dia e, juntamente com o SOTE, liga poços na Amazônia a um porto no Pacífico.

O governo do presidente Guillermo Lasso tem como meta dobrar a produção, apesar de indígenas e ambientalistas denunciarem a poluição provocada pela atividade petroleira.