Suposta 'sabotagem' provoca vazamento de petróleo na Amazônia equatoriana
Petrolífera alega que SOTE, capaz de transportar 360 mil barris por dia, foi alvo de perfuração clandestina
Um oleoduto estatal no Equador sofreu uma "sabotagem", nesta quarta-feira (10), que provocou um vazamento de petróleo perto de uma nascente na floresta amazônica. A estatal Petroecuador informou a suspensão das atividades da companhia.
A "sabotagem" contra o Sistema de Oleodutos Transequatoriano (SOTE) provocou o vazamento de petróleo, que "ocorreu intencionalmente perto de um corpo d'água" na região do Lago Agrio (leste), informou a empresa, sem especificar a quantidade de óleo derramado.
O SOTE, capaz de transportar 360 mil barris por dia, foi alvo de perfuração clandestina, alegou a petrolífera, que repudiou os "atos criminosos" contra esta estratégica infraestrutura estatal.
"A emergência foi controlada", informou a Petroecuador. A companhia reportou, ainda, ter mobilizado uma equipe para conter e limpar o petróleo derramado.
A companhia suspendeu temporariamente o bombeamento de petróleo bruto pelo SOTE, garantindo que "esta medida não afeta as exportações, pois há petróleo suficiente nos tanques de armazenamento".
O petróleo é uma das principais fontes de financiamento da economia dolarizada do Equador, que extraiu, em média, 469 mil barris por dia em janeiro e fevereiro. Desse total, 64% foram destinados à exportação.
O Equador conta, ainda, com o Oleoduto de Petróleo Pesado (OCP) - uma companhia privada -, que fornece 450 mil barris por dia e, juntamente com o SOTE, liga poços na Amazônia a um porto no Pacífico.
O governo do presidente Guillermo Lasso tem como meta dobrar a produção, apesar de indígenas e ambientalistas denunciarem a poluição provocada pela atividade petroleira.