CPI de 8 de janeiro, sobre atos golpistas, não tem parlamentares pernambucanos. Veja como funciona
Nenhum deputado federal ou senador pernambucano tinha sido indicado, até ontem, para integrar a Comissão
Pelo menos até ontem, nenhum deputado ou senador pernambucano chegou a ser indicado para a CPI do 8 de janeiro. Dos 22 dos 32 parlamentares que integrarão o colegiado, apenas o deputado Carlos Veras (PT) integra a lista, mas não como titular. Seu partido o indicou para suplente.
Em comissões de investigações, o suplente só é chamado para participar das sessões na falta de algum titular. Os partidos faltam ainda indicar 10 participantes – no caso cinco deputados e cinco senadores. O Coronel Meira, deputado pernambucano da bancada do PL, adoraria integrar a CPI mista, mas não chegou a ser indicado pelo partido.
Pelo PL, entraram André Fernandes, do Ceará, Delegado Ramagem, do Rio, e Filipe Barros, do Paraná. Como suplentes, o partido de Bolsonaro indicou três: Marco Feliciano (SP), Nikolas Ferreira (MG) e Eduardo Bolsonaro (SP). No Senado, o PL não teve direito a nenhuma vaga, a não ser que seja preenchida entre os cinco restantes.
Apesar do total formalizado até o momento, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), só poderá regimentalmente dar sinal verde pleno à CPI do 8 de janeiro quando somar pelo menos 17 nomes titulares. O Centrão, que está concentrado em blocos, tanto na Câmara quanto no Senado, é a faixa de partidos que mais demora para indicar seus nomes.
O PSD, que embora não seja base assumida, é a legenda de centro que mais vai favorecer ao governo, sobretudo no Senado, onde concentra mais cadeiras reservadas para a CPI. Apesar das 22 primeiras indicações, não se sabe ainda quando a CPI vai começar, porque sequer foram escolhidos o seu presidente e relator.
Isso, provavelmente, na próxima semana, se oposição e governo vierem a se entender, porque há uma disputa acirrada de ambas as partes pelo controle da CPMI Mista, que ainda depende do calendário de votação dos projetos prioritários do governo, entre eles o arcabouço fiscal e a reforma tributária.