Padilha diz que Lula paga mais emendas que Bolsonaro e que não se pode "criminalizar a política"
O Globo mostrou que em apenas um dia governo repassou R$ 700 milhões a parlamentares
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, justificou nesta quinta-feira o repasse de recursos via emendas parlamentares.
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva paga mais do que seu antecessor, Jair Bolsonaro, e parte do valor distribuído se refere a verbas que não foram pagas pela gestão anterior.
Em uma publicação no Twitter, Padilha argumentou que não se pode "criminalizar a política".
Como O Globo mostrou, o governo federal repassou em um único dia, na terça-feira, R$ 700 milhões para deputados e senadores. Os maiores beneficiados foram partidos da base aliada do governo como o PSD, com R$ 143 milhões, seguido por PT, com R$ 136 milhões; MDB, com R$ 91,3 milhões; e União Brasil, com R$ 75 milhões.
O governo viver uma crise em sua articulação política, que não tem sido capaz de garantir votos necessários em pautas de interesse do governo.
– Com a retomada do diálogo democrático e do respeito ao Congresso Nacional, é mais do que legítimo que os parlamentares façam indicações de investimentos que o Governo Federal realizará. É necessário, é democrático e é importante para as políticas públicas. Não se pode criminalizar nem burocratizar a política. É por isso que expandimos em mais de 60% o pagamento de restos a pagar, emendas contratadas até o ano passado, mas que acabaram tomando um calote do governo anterior – escreveu Padilha em sua página no Twitter.