Máfia das apostas: quem já está preso e quem ainda pode ir para a prisão após denúncias do MP-GO
Três organizadores do esquema de manipulação de jogos cumprem prisão preventiva em São Paulo
A segunda fase Operação Penalidade Máxima, que investiga esquema de manipulação de jogos de futebol para gerar lucros em apostas esportivas, já prendeu três investigados na denúncia do Ministério Público de Goiás.
Bruno Lopez de Moura, apontado como líder do grupo criminoso; e outros dois integrantes dele, Romario Hugo dos Santos e Thiago Chambó Yamamoto, estão detidos preventivamente no estado de São Paulo desde o dia 18 de abril.
Bruno já havia sido preso, ainda na primeira etapa da operação, em 14 de fevereiro, mas foi solto cinco dias depois quando recebeu um habeas corpus do Tribunal de Justiça de Goiás, onde corre o processo. O andamento das investigações, no entanto, revelou que ele continuou liderando o esquema de manipulação em liberdade, o que levou à nova prisão.
Em 18 de abril, uma ação conjunta do MP-GO com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a CSI (Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência) cumpriu 20 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão em seis estados do país. Em São Paulo, os três investigados foram localizados e presos de maneira preventiva.
Em uma nova decisão, publicada em 4 de maio, o juiz responsável pelo caso lista os motivos para a manutenção da prisão, afirmando que "caso sejam colocados em liberdade poderão continuar atuando na prática delitiva, de forma reiterada, como vinham fazendo até os dias atuais, fato que, certamente, agrava os riscos à ordem pública, à ordem econômica e é medida imprescindível para conveniência da aplicação da lei penal".
O juiz solicitou ainda que os três presos sejam transferidos para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Até o momento, nenhum jogador de futebol teve mandado de prisão expedido nas duas fases da operação. Quinze atletas foram denunciados e podem ser detidos nas próximas etapas do processo. Quatro fecharam um acordo de colaboração com o Ministério Público e ficaram fora da denúncia.
Os clubes que tiveram jogadores apontados no esquema, bem como as casas de apostas, são tratados como vítima do grupo nesta fase do processo, e podem até processar os atletas envolvidos no caso.