SAÚDE

Brasileiro morre de catapora no Chile: saiba os sintomas e os riscos da doença em adultos

Raphael Casanova tinha 38 anos, era personal trainer e levava uma vida saudável até contrair a doença na forma mais grave

Raphael Casanova tinha se mudado para o Chile havia seis anos - Reprodução/Instagram

O personal trainer Raphael Casanova, de 38 morreu, morreu no Chile, país onde vivia há seis anos, de catapora. O jovem enfrentava uma forma mais grave da doença desde dezembro de 2022, e estava internado havia alguns dias em um hospital da cidade de Antofagasta, onde morava.

Segundo a irmã do rapaz, Juliana, ele sempre levou uma vida de exercícios e alimentação saudável, não tinha vicios de bebidas alcoólicas, drogas ou fumos, mas foi “derrubado” pela catapora, na forma mais grave da doença. Ele foi diagnosticado entre novembro e dezembro do ano passado e fez um tratamento, porém, ele estaria curado e levando a vida de maneira normal no Chile.

Um exame feito recentemente constatou que o vírus continuou agindo dentro do corpo de Raphael e afetou alguns órgãos, como rim, além de duas lesões no cérebro. Quando procurou o hospital, já estava em estado muito avançado.

Cerca de 90% das pessoas têm a catapora ainda na infância, entre 2 e 8 anos, em adultos a doença costuma ter sintomas mais intensos, principalmente se não houve vacinação nos primeiros anos de vida, podendo a pessoa apresentar uma maior quantidade de bolhas no corpo, em comparação às crianças, além de febre alta, dor de ouvido e dor de garganta, em alguns casos.

Para prevenir a transmissão da catapora e desenvolvimento da doença, é importante prevenir o contato com outras pessoas, principal com aquelas que ainda não tiveram a doença ou que não foram vacinadas, além de ser importante evitar coçar as bolhas que surgem no corpo.

Complicações em adultos

Apesar dos primeiros sintomas serem semelhantes em adultos e crianças, ou seja, febre, cansaço, dor de cabeça, perda do apetite, aparecimento de bolinhas por todo o corpo e coceira, eles podem ser mais intensos e podem apresentar maiores chances de complicações.

Principalmente quando o tratamento é feito de forma inadequada ou quando o organismo do paciente não consegue vencer o vírus por si só, por estar muito debilitado. Em alguns casos, pode ocorrer:

Infecções em outras partes do corpo, com risco de sepse;

Desidratação;

Encefalite;

Ataxia cerebelar;

Miocardite;

Pneumonia;

Artrite transitória.

As complicações mais sérias ocorrem quando o vírus migra para órgãos estratégicos como os pulmões e o cérebro. A peneumonia, por exemplo, ocorre em decorrência de que ou a catapora venceu a resistência e invadiu o pulmão ou, como o corpo está mais suscetível, bactérias conseguem desencadear a infecção.

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No cérebro, embora seja mais difícil de acontecer, o vírus pode atacar o encéfalo causando dores de cabeça, febres, vômitos e convulsões sintomas parecidos com os da meningite. As lesões ainda podem causar sequelas como paralisia e distúrbios motores. Entre as complicações mais raras, dá para destacar hepatites, pancreatites e até infecções na retina. Nos imunodeficientes, como portadores de HIV ou pessoas com câncer, a varicela deve acionar todos os alertas.

Na presença de qualquer um destes sintomas, é importante que procure imediatamente um médico para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento mais rápido e adequado possível.

Tratamento

O tratamento consiste no uso de medicamentos antialérgicos, para aliviar os sintomas de coceira nas bolhas da pele e remédios para baixar a febre. Além disso, em pessoas com sistema imune enfraquecido, como no caso de HIV ou que estejam realizando um tratamento com quimioterapia, o médico pode indicar o uso de um antiviral nas primeiras 24 horas após o início dos sintomas.

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Também é importante tomar alguns cuidados como evitar coçar as bolhas na pele com as unhas, para não causar feridas na pele, nem causar uma infecção, beber bastante líquidos durante o dia e fazer banho com permanganato de potássio para secar as bolhas mais rapidamente.