Relatório sobre o acidente de Marília Mendonça é divulgado pelo Cenipa
Familiares das vítimas foram chamados para 'apresentação exclusiva' dos resultados, que depois serão abertos ao público
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), apresentou, nesta segunda-feira (15), o resultado final da investigação sobre o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, apresentado aos familiares das vítimas o documento, em primeira mão.
Em entrevista ao Brasil Urgente, da Band, Robson Cunha, advogado da família de Marília Mendonça, comentou sobre o relatório. "O Cenipa não aponta culpados nem responsáveis. Ele aponta fatores que foram passíveis de retificações a partir de agora para que situações como essa não voltem a acontecer. E uma dessas orientações do Cenipa a partir de então é que haja identificação naqueles cabos. Então, a partir desse evento que aconteceu com a Marília e com os demais, o acidente, eles entendem como uma orientação para que a Cemig faça uma identificação naqueles cabos", contou.
"O que ficou claro é que a aeronave não teve nenhuma falha mecânica e as opções e decisões tomadas pelo piloto na ocasião não foram tidas como irregulares, ainda que tenha mudado o plano de vôo, estava dentro das possibilidades do piloto. Então, a gente vai para a questão do obstáculo. O obstáculo hoje se mostra preponderante para o acidente", afirmou o advogado.
"O Cenipa não aponta culpados nem responsáveis. Ele aponta fatores que foram passíveis de retificações a partir de agora para que situações como essa não voltem a acontecer. E uma dessas orientações do Cenipa a partir de então é que haja identificação naqueles cabos. Então, a partir desse evento que aconteceu com a Marília e com os demais, o acidente, eles entendem como uma orientação para que a Cemig faça uma identificação naqueles cabos", disse.
"O que ficou claro é que a aeronave não teve nenhuma falha mecãnica e as opções e decisões tomadas pelo piloto na ocasião não foram tidas como irregulares, ainda que tenha mudado o plano de vôo, estava dentro das possibilidades do piloto. Então, a gente vai para a questão do obstáculo. O obstáculo hoje se mostra preponderante para o acidente", concluiu Robson Cunha.
O acidente
No dia 5 de novembro de 2021, a aeronave de matrícula PT-ONJ caiu no município de Piedade de Caratinga após colidir com um cabo da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig), conforme revelado pelo GLOBO. Todas as cinco pessoas dentro do bimotor morreram. Além de Marília, o avião levava o produtor Henrique Bahia, o assessor Abicieli Silveira e os pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana.
Relatório do Cenipa
Como divulgou o órgão no primeiro relatório, que apresentava 95% das investigações concluídas, as análises realizadas pelo Cenipa não buscaram estabelecer responsabilidades nem comprovarem a causa do acidente, mas elaborarem hipóteses para entender o que aconteceu e, dessa forma, evitar que novos acidentes aéreos aconteçam. Ou seja, a investigação realizada teve como objetivo preservar vidas e não apontar um culpado.
O relatório afirmou que o avião saiu do Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia, com destino ao Aeródromo de Caratinga (MG), às 16h02, com dois pilotos e três passageiros a bordo. Na fase de aproximação, a aeronave colidiu contra uma linha de distribuição de energia, tendo danos substanciais. Todas as pessoas a bordo sofreram lesões fatais.
O avião, um modelo C90A, da Beech Aircraft, fabricado em 1984 e registrado para operação de táxi aéreo, não está liberado da investigação.