Petrobras deve anunciar nesta terça (16) nova política de preço dos combustíveis
Empresa também deve divulgar novos valores para gasolina, diesel e gás de cozinha
A Petrobras deve anunciar nesta terça-feira (61) o fim da regra de reajuste do preços de combustíveis conhecida como política de paridade de importação (PPI), criada durante o governo Michel Temer, de acordo com integrantes do governo e da estatal.
Essa política alinha os preços locais basicamente ao dólar e ao barril de petróleo. Durante toda a campanha eleitoral, o presidente Lula prometeu acabar com essa regra. Ele já vinha demonstrando incomodo com o presidente da estatal, Jean Paul Prates, pelo que considera demora na definição da nova política de preços.
Prates, por sua vez, esperava a troca de todo o Conselho de Administração e da Diretoria da empresa para efetivar as mudanças.
A expectativa é que, uma nova regra de preços para os combustíveis, resulte em preços menores nas bombas aos consumidores.
A nova política de preços também deve considerar os valores praticados no mercado externo. Mas também vai considerar custos locais de produção e margens de refino de cada região do país.
Para integrantes do governo, a Petrobras vinha adotando seus preços como se todo o petróleo consumido no país fosse importado (incluindo aí o custo do frete) e é preciso considerar a produção nacional do produto. Cerca de 30% de diesel do país é importado. Em relação à gasolina, o país importa 15% do que é consumido internamente.
O governo espera que a Petrobras anuncie também uma redução de cerca de R$ 0,30 no preço do litro da gasolina praticado nas refinarias, cerca de 10% no valor. Também devem ser reduzidos.
Além disso, devem ser reduzidos os preços do diesel (em cerca de R$ 0,10 por litro) e do botijão de gás. Para o gás de cozinha, a expectativa é que a redução seja mais agressiva, por pressão de Lula. Por isso, a empresa trabalha para uma redução de R$ 15 no botijão de 13 kg nas refinarias.
No domingo, a Petrobras informou, em comunicado, que está discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina.
Segundo a estatal, as mudanças "serão analisadas pela Diretoria Executiva da empresa no início desta semana e poderão resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina".
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"Nesse sentido, a Companhia esclarece que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis", acrescentou.