Justiça

Valdemar Costa Neto diz que também paga contas em dinheiro vivo e minimiza suspeitas sobre Michelle

Presidente do PL comentou investigação que apura suspeita de um esquema de desvio de recursos do Palácio do Planalto para pagar despesas da ex-primeira-dama

Valdemar da Costa Neto em entrevista para a GloboNews - Reprodução/GloboNews

O presidente do PL Valdemar Costa Neto afirmou nesta terça-feira que também paga suas contas com dinheiro vivo ao ser questionado sobre a investigação da Polícia Federal (PF) que apura depósitos para ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro que teriam sido feitos por Mauro Cid. De acordo com Costa Neto, a investigação não dará em nada.

Em entrevista à Globo News, o presidente do PL foi questionado sobre o uso de dinheiro vivo por parte da ex-primeira-dama em um governo que justamente lançou o Pix, modalidade de transferência bancária sem tributos. Sobre as investigações em curso em relação ao antigo presidencial, Costa Neto minimizou todas, inclusive o processo que pode deixar Bolsonaro inelegível:

— Nada disso vai pegar — disse aos jornalistas.

O ex-mandatário presta depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira no inquérito que apura a falsificação do cartão de vacinação. Para o presidente do PL, Bolsonaro não havia conhecimento deste esquema, assim como no das joias da Arábia Saudita.

— Pode ser até que soubesse, mas não tava tomando conhecimento porque o Bolsonaro não faz questão dessas coisas. É um homem comum, um homem simples demais. Nada disso vai pegar porque são pessoas de bem.

A ex-primeira-dama foi elogiada pelo dirigente partidário ao longo da entrevista. Segundo Costa Neto, a habilidade oral de Michelle foi uma grande surpresa até mesmo para Bolsonaro, que chegou a comentar com ele que não sabia que "ela falava bem assim". Na avaliação dele, o ex-presidente "acertou na mega sena" quando casou com Michelle.

Sobre as eleições de 2018, Costa Neto disse que o nome de Bolsonaro já era cotado dentro do então Partido Republicano (PR). O líder Altineu Côrtes chegou a tentar costurar um acordo com o então deputado federal que não aceitou a coligação no estado do Rio de Janeiro. Por este motivo, o presidente do PR escolheu apoiar Geraldo Alckmin.