Haddad estima R$ 740 bilhões em "gasto" com juros no ano e critica isenção tributária
Haddad participa de audiência pública na Câmara, para "esclarecer a política econômica do governo federal"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta nesta quarta-feira (17) que parte dos chamados gastos tributários do país estão provocando desequilíbrio nas contas públicas. Segundo, esse cenário tem influenciado a atuação do Banco Central com a alta de juros.
— Esse ano, a estimativa de gastos com juros é da ordem R$ 740 bilhões. E o gasto tributário injustificado alimenta os juros reais, porque gera insustentabilidade da dívida pública e faz com que o Banco Central suba os juros — cita.
Haddad está participando de audiência pública na Câmara, para “esclarecer a política econômica do governo federal”. O convite partiu das Comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle.
O ministro começou a audiência agradecendo os partidos de oposição por apoio “em temas de Estado, não de governo” e ressaltou que o Brasil passou por “mais 7 anos sem reajuste do salário mínimo”.
Nesta semana, após negociações, o relator do arcabouço fiscal na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), apresentou o relatório da nova regra fiscal, que chega à reta final na Câmara. Isso porque o requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto será votado hoje no plenário da Casa. O projeto é prioritário para o governo Lula.
Foram inseridas uma série de “gatilhos” no texto, ou seja, medidas de correção automática de despesas, caso a meta para as contas públicas não seja cumprida. O salário mínimo foi “blindado” das limitações.