Fachin vota para condenar Collor a 33 anos de prisão em caso da Lava-Jato
Relator considerou que já conjunto "sólido" de provas de que ex-presidente recebeu propina de R$ 20 milhões
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (17) para condenar o ex-presidente Fernando Collor por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e sugeriu a pena de 33 anos e 10 meses de prisão. A ação penal faz parte da Operação Lava-Jato.
Fachin, que é o relator, considerou que há um conjunto "sólido" de provas de que Collor recebeu propina de R$ 20 milhões como contrapartida por facilitação de contratos na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras.
— Entendo que o conjunto probatório é sólido para confirmar o seguinte: como corolário do controle exercício sobre a BR Distribuidora, na qualidade então de senador da República e do protagonismo exercido no âmbito do Partido Trabalhista Brasileiro, o acusado, Fernando Affonso Collor de Mello, recebeu, com auxílio de Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, vantagem indevida no valor de 20 milhões de reais, como contraprestação à facilitação da contratação da UTC Engenharia pela BR Distribuidora — declarou Fachin.
O julgamento está ocorrendo no plenário do STF, e os outros nove ministros ainda irão votar.