"Bora de Bike, Recife?": CTTU e Rappi orientam ciclistas sobre segurança viária e primeiros socorros
O "Bora de bike, Recife?" faz parte do Maio Amarelo, movimento internacional que busca conscientizar a população sobre os riscos do trânsito
Na manhã desta sexta-feira (19) a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) promoveu o "Bora de Bike, Recife?", evento que contou com a parceria da empresa de entrega por aplicativo, Rappi. Foram reunidos 100 ciclistas, que receberam orientações de segurança viária de profissionais da CTTU e de primeiros socorros do SAMU.
O "Bora de Bike, Recife?" ocorreu no Compaz Miguel Arraes, na Av. Caxangá e faz parte do Maio Amarelo, movimento internacional de conscientização da população sobre os perigos que a má conduta no trânsito pode oferecer. No evento, a CTTU tinha o intuito ainda de incentivar o uso de bicicletas pela população.
Dentre os principais cuidados a serem tomados com a bicicleta, os profissionais da CTTU orientaram os ciclistas a:
• Se manter visível - sinalizar se for mudar de direção ou parar, utilizar luzes dianteiras e traseiras, além de roupas claras, especialmente à noite; evitar ao máximo andar no sentido contrário dos veículos motorizados.
• Cuidados com a bicicleta - observar os equipamentos de segurança, especialmente o capacete; verificar as condições da bicicleta, como freios e desgastes dos pneus, além de redobrar a atenção se o piso estiver molhado para evitar quedas.
“Reunir ciclistas entregadores para dar essas dicas é fortalecer o conhecimento deles em relação ao trânsito e às condutas adequadas, tanto porque eles são os mais frágeis nas vias, quanto porque estão expostos a várias horas de trabalho nesse ambiente do trânsito que, muitas vezes, pode ser hostil. Então, aqui também vai o nosso apelo aos condutores de veículos motorizados para redobrar atenção e respeito aos ciclistas e pedestres porque eles estão muito mais vulneráveis nas ruas e um trânsito seguro é uma tarefa de todos”, destaca a presidente da CTTU, Taciana Ferreira.
"A bicicleta já se estabeleceu no Recife. Por isso, é essencial que seja respeitada como um meio de transporte. Não podemos esquecer que são vidas em jogo. Se um condutor escolhe exceder velocidade ou se distrair com o celular, por exemplo, está colocando outras vidas em risco”, completa.
O evento contou ainda com a parceria da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, que forneceu palestras sobre os principais cuidados que ciclistas podem acatar para não se envolverem em sinistros de trânsito.
A Iniciativa doou, através de um sorteio, uma bicicleta para um dos entregadores presentes no evento. O vencedor foi Fernando dos Santos, de 33 anos, que trabalha na Rappi desde 2020.
"Estou muito feliz por ter ganhado a bicleta. Com certeza vai me ajudar bastante com o trabalho e fico realmente muito agradecido. Na palestra recebi muitas dicas importantes que vou repassar para os meus colegas que não puderam comparecer e, com certeza, vai ajudar eles também", revelou Fernando.
De acordo com a Pesquisa de Origem e Destino da CTTU, cerca de 78% da população recifense se desloca para o trabalho utilizando transportes públicos, bicicleta ou a pé.
O Recife conta, atualmente, com 174 km de malha cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, o que representa um aumento de mais de 600% desde 2013, quando havia 24 km desde 2013. Atualmente, mais de 90% desses equipamentos são conectados entre si e a manutenção das rotas cicláveis é feita com serviços diários em toda a cidade.
No evento, foram distribuídas cartilhas que demonstram que aproximadamente 27% dos usuários de automóvel e 13% dos usuários de transporte públicos percorrem, diariamente, distâncias inferiores a 5 km (como do Marco Zero ao Parque da Jaqueira ou à Praia de Boa Viagem), o que daria 15 minutos de bicicleta.
Todo o mapa da malha cicloviária do Recife pode ser acessado no aplicativo Conecta Recife, além das localizações das estações de Bike PE e das estações de Salva Bike. A cidade também já conta com 1.644 vagas públicas de paraciclos distribuídas no território, especialmente em áreas de interesse público como parques, equipamentos de cultura e mercados.
Confira as principais informações de respeito aos ciclistas:
• Manter, no mínimo, 1,5 metro de distância dos ciclistas – essa é a distância necessária estabelecida no Código de Trânsito Brasileiro para que o ciclista possa se movimentar sem o risco de colidir com os veículos motorizados;
• Não exceder o limite máximo de velocidade na via – o excesso de velocidade coloca todas as pessoas em risco e, no caso de pedestres e ciclistas, o risco aumenta ainda mais porque são os usuários mais frágeis;
• Não estacionar, não parar e, principalmente, não trafegar nas áreas restritas à bicicleta – não importa se a via tem trânsito ou se não tem ciclistas naquele momento, é fundamental que as rotas cicláveis sejam áreas seguras para esse meio de transporte e desrespeitar esses equipamentos coloca vidas em risco.