Fiocruz: internações de crianças por síndrome respiratória continuam em alta; Recife está na lista
Boletim InfoGripe também destaca o recuo da Covid-19
Um novo boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (19) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destacou que as internações de crianças por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) continuam em alta no Brasil.
De acordo com o levantamento, das 27 unidades federativas, 13 estão com o sinal de crescimento de casos nesta faixa etária infantil. No quadro etário geral, em 19 das 27 unidades há sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) e de curto prazo (últimas 3 semanas).
Entre as capitais de crescimento de Srag no Brasil, o Recife (PE) está na a lista das 15 cidades ao lado de Belém (PA), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Portoa Velho (RO), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e Teresina (PI).
Já o aumento de casos em crianças nos estados, o boletim destaca: Amazonas; Alagoas; Amapá; Bahia; Ceará; Espírito Santo; Maranhão; Pará; Paraíba; Piauí; Rio Grande do Norte; Rondônia e Sergipe.
O boletim é baseado em dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) do Ministério da Saúde até o dia 8 de maio. Segundo a análise, as síndromes respiratórias infantis são provocadas majoritariamente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de morte abaixo dos 5 anos, que causa a bronquiolite infantil.
Já na população adulta, os casos de Srag ainda são causados predominantemente pelo Sars-CoV-2, vírus da Covid-19, embora estejam em queda em diversos estados. Em contrapartida, observa-se um aumento dos registros relacionados aos vírus Influenza A e B, causadores da gripe.
No geral, considerando todas as faixas etárias, nas últimas quatro semanas, o boletim aponta que a maioria dos casos de Srag foram provocados pelo VSR: 47,5%. Em seguida, vem o Sars-CoV-2 (Covid-19), com 25,5%; o Influenza A, com 13,5%; e o Influenza B, com 7% (esses dois últimos causam gripe).