MUNDO

Rússia fecha suas fronteiras para 500 americanos, incluindo Obama

Decisão foi resposta às sanções

Ex-presidente dos EUA Barack Obama - Alex Edelman / AFP

A Rússia proibiu nesta sexta-feira (19) a entrada de 500 americanos em seu território, incluindo o ex-presidente Barack Obama, em "resposta" às sanções impostas por Washington.

"Em resposta às sanções contra a Rússia, frequentemente impostas pelo governo Biden (...), a entrada na Federação da Rússia está fechada para 500 americanos", anunciou o Ministério russo das Relações Exteriores, acrescentando que Obama está na lista.

Nesta sexta, os Estados Unidos acrescentaram centenas de empresas e indivíduos à sua lista de sanções, intensificando seus esforços para asfixiar a economia russa, em represália à ofensiva na Ucrânia.

"Washington deveria saber há muito tempo que nenhuma medida hostil contra a Rússia ficará sem resposta", acrescentou o ministério russo.

Entre os americanos que não poderão entrar na Rússia estão os apresentadores de televisão Stephen Colbert e Jimmy Kimmel, e a âncora do noticiário da CNN Erin Burnett, entre outros.

A Rússia informou que incluiu em sua lista senadores, congressistas e membros de 'think tanks' "envolvidos na propagação de atitudes russófobas e falsidades", além dos diretores de empresas que "fornecem armas à Ucrânia".

A ONG de defesa do meio ambiente Greenpeace qualificou de "absurda" a decisão da Rússia de classificar sua organização como "indesejável" em seu território.

No mesmo comunicado, a Rússia acrescentou que recusou um novo pedido de visita consular ao jornalista americano Evan Gershkovich, detido em março e acusado de espionagem.

Esta negativa foi provocada pela recusa de Washington de conceder vistos aos jornalistas que deveriam acompanhar o chanceler russo, Sergei Lavrov, a uma cúpula da ONU em Nova York em abril.