Saúde

Andy Rourke: 8 sintomas mais comuns do câncer de pâncreas que matou o baixista do The Smiths

Condição é conhecida por ser silenciosa e ter uma das taxas mais altas de mortalidade

O músico Andy Rorke morreu aos 59 anos após uma longa batalha contra câncer no pâncreas - Reprodução/ Instagram

O músico Andy Rourke, baixista do The Smiths, morreu aos 59 anos após uma longa batalha contra o câncer de pâncreas, doença que tem uma das taxas de sobrevivência mais baixa do que qualquer outro tipo de câncer. Seu ex-companheiro de banda, Johnny Marr, anunciou a trágica notícia no Twitter.

“É com profunda tristeza que anunciamos a morte de Andy Rourke após uma longa doença com câncer pancreático. Andy será lembrado como uma alma gentil e bonita por aqueles que o conheceram e como um músico extremamente talentoso pelos fãs de música. Pedimos privacidade neste momento triste", escreveu em comunicado.

O câncer de pâncreas é conhecido como uma doença silenciosa. O diagnóstico é raro antes dos 30 anos, sendo mais comum a partir dos 60, e a incidência é mais significativa no sexo masculino. Conhecer os sintomas, que podem ser difíceis de detectar, é crucial, já que a Cancer Research UK diz que apenas 5% dos pacientes sobrevivem por mais de uma década após o diagnóstico. Por isso é essencial detectá-la cedo se houver uma chance de tratamento.

Segundo informações do Ministério da Saúde, a demora no aparecimento dos sintomas e o comportamento agressivo são fatores que levam o problema a apresentar uma alta taxa de mortalidade. Enquanto, no Brasil, o tipo de câncer representa 2% do total, em relação aos óbitos ocupa 4% de todos os registros.

Entre os principais sintomas, o amarelecimento da pele, conhecido como icterícia, e sangramento no estômago ou intestino são os mais graves associados ao câncer. Outros sinais mais comuns incluem aumento da sede e urina amarela escura, diarreia, mudança nos hábitos intestinais, vômitos ou indigestão.

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Dor abdominal também pode ser um indicador, assim como perda de peso, constipação, gordura nas fezes, náusea, flatulência, azia, febre, cansaço, perda de apetite, coceira e dor nas costas. Um estudo recente descobriu que milhares de pacientes morrem precocemente de câncer de pâncreas e 36% das mortes por câncer de pâncreas poderiam ter sido evitadas se tratadas mais cedo.

"Quando o câncer de pâncreas é diagnosticado precocemente, os pacientes têm uma chance maior de sobrevivência. É possível diagnosticar pacientes quando eles visitam seu médico de família, mas tanto os pacientes quanto os médicos precisam estar cientes dos sintomas associados ao câncer pancreático", afirmou Weiqi Liao, cientista de dados da Universidade de Oxford.

Vacina de RNA
Uma vacina de RNA, molécula auxiliar do DNA, obteve resultados promissores no tratamento de um dos tipos mais letais de câncer de pâncreas. Em um teste clínico de fase 1 (desenhado para avaliar a segurança) o produto conseguiu induzir produção de células do sistema imune contra tumores em 50% dos voluntários que o receberam.

O novo imunizante foi desenvolvido pela empresa alemã BioNTech com a mesma tecnologia que a companhia aplicou na vacina contra Covid-19, criada em parceria com a Pfizer. No caso do produto contra câncer, os cientistas preparam uma vacina "personalizada" para cada paciente, baseado no perfil genético do tumor.

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A confirmação de que a nova vacina antitumor era segura já tinha sido anunciada no ano passado pela BioNTech, mas a alegação de que o produto conseguia de fato gerar resposta imune ainda estava pendente. Só depois de um estudo sobre a vacina passar por revisão independente é que a conclusão foi validada.

Em um período de um ano e meio de acompanhamento, metade dos voluntários apresentou produção de células T do sistema imune capazes de atacar o tumor. Aqueles em que vacina apresentou atividade não tiveram remissão nesse intervalo. Nos pacientes sem resposta imune o câncer, voltou tipicamente após 13 meses em média.