Cúpula do G7

G7 defende uso 'responsável' da inteligência artificial

Programas de IA capazes de produzir texto, imagens, som e vídeo estão em expansão e suscitam profunda preocupação em diversos setores

Presidente dos EUA Joe Biden e Primeiro Ministro do Japão Fumio Kishida - Cortesia/Ministério das Relações Exteriores do Japão/AFP

Os líderes do G7 decidiram, neste sábado (20), na cúpula de Hiroshima (Japão), criar um futuro "grupo de trabalho" para abordar o "uso responsável" da inteligência artificial (IA) e os riscos que ela apresenta, entre eles a desinformação.

"Encomendamos aos ministros competentes que estabeleçam o Processo de Hiroshima sobre IA, através de um grupo de trabalho criado em cooperação com organizações internacionais, com vistas a debater sobre IA generativa no fim do ano", diz o comunicado do G7, cuja reunião termina no domingo.

Assim como o ChatGPT, a aplicação mais conhecida atualmente, os programas de IA generativa - capazes de produzir texto, imagens, som, vídeo, etc. - estão em plena expansão no mundo, ao mesmo tempo em que suscitam profunda preocupação em diversos setores.

As discussões do grupo de trabalho do G7 sobre o assunto poderão também discutir a "governança, a proteção dos direitos de propriedade intelectual" e a "utilização responsável" dessas novas tecnologias, mas também sobre meios de enfrentar a "manipulação de informação" e a "desinformação" através dessas mesmas ferramentas.

"Comprometemo-nos a avançar nos múltiplos enfoques para a elaboração de normas sobre IA, respeitando as estruturas jurídicas vinculantes", acrescenta a nota.

"Reconhecemos a importância dos procedimentos que promovem a transparência, a abertura, os processos equitativos, a imparcialidade, o respeito à privacidade e a inclusão para promover uma IA responsável", insistiram os líderes do G7, grupo que reúne as maiores democracias industrializadas do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá).