Saúde

Paraguai confirma casos de gripe aviária

Enfermidade foi encontrada em galinhas das localidades de Mariscal Estigarribia e Neuland, em colônias menonitas de criação de animais

Aves - Arquivo/Agência Brasil

Casos de gripe aviária foram detectados em aves domésticas em duas localidades do Paraguai, cerca de 550 km a noroeste de Assunção, informou, neste sábado (20), o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa).

A enfermidade foi encontrada em galinhas das localidades de Mariscal Estigarribia e Neuland, em colônias menonitas de criação de animais.

A suspeita mais forte é que o contágio tenha ocorrido por meio do contato indireto com aves migratórias com a intermediação de aves silvestres nativas.

"Foram adotadas medidas sanitárias específicas e o sistema de emergência sanitária animal [Sinaesa] foi acionado, além da vigilância sanitária na região", diz uma nota oficial.

"Será realizado o sacrifício das aves para eliminar a fonte de infecção", detalhou o Senacsa.

A instituição responsável estabeleceu barreiras sanitárias para controlar os movimentos de aves vivas, além de postos de desinfecção e equipes de rastreios epidemiológicos.

"A detecção deu-se de forma precoce em uma área geográfica onde a comercialização é nula", disse aos jornalistas Carlos Ramírez, diretor de Epidemiologia do Senacsa.

"A origem da doença corresponde a aves migratórias regionais", revelou.

A doença vem expandindo-se na América Latina nos últimos meses e provocou alertas fitossanitários. O contato com aves doentes pode afetar os humanos, provocando sintomas como febre, tosse e diarreia, entre outros.

O funcionário anunciou o envio de brigadas de equipes veterinárias às localidades afetadas para os trabalhos de sacrifício dos animais e contenção para evitar a propagação.

O boletim assinalou que, no caso da cidade de Mariscal Estigarribia, a população total é de 44 aves: 17 morreram, 19 estão saudáveis e oito apresentavam sintomas.

"Em Neuland, o estabelecimento afetado possui um total de 60, com 11 aves mortas e 48 saudáveis", explica a nota.

Ramírez disse que a doença está ligada a aves migratórias.

O Paraguai conta com duas linhagens de aves migratórias que passam por essas localidades.

"Essas aves pousam nos espelhos d'água e deixam o vírus, que é transmitido às aves nativas, que, por sua vez, compartilham o mesmo espaço com as aves domésticas e podem transmitir a doença às mesmas", detalhou o especialista.