Presidente da CPI do MST é investigado por suposto incentivo a atos antidemocráticos
Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) foi alvo de representação remetida ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou à PF que apure o caso
Eleito presidente da CPI do MST na última quarta-feira, o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) virou alvo de apuração da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, por suspeitas de ter incentivado atos antidemocráticos no ano passado, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições.
Na quarta, o ministro do STF Alexandre de Moraes enviou à PF uma representação apresentada ao Ministério Público Federal contra Zucco “para continuidade das investigações”. Conforme o despacho de Moraes, a representação aponta que o parlamentar “estaria perpetrando crimes mediante patrocínio e incentivo a atos antidemocráticos, seja em território gaúcho, seja na cidade de Brasília”.
No ano passado, Zucco já foi investigado por suposto apoio ao fechamento de estradas após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas. Publicações em suas redes sociais, feitas após a eleição, também estão em apuração. O despacho de Moraes foi antecipado pela Veja e também obtido pelo Globo.
O caso foi remetido ao magistrado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, porque ele concentra uma série de investigações relacionadas ao tema no Supremo.
Em publicação em suas redes sociais neste sábado, sem dar maiores detalhes, o parlamentar atribuiu a investigação a uma suposta motivação política, devido ao fato de que a decisão do STF ocorreu na mesma semana em que a CPI do MST foi instalada.
— Justo nesta semana, que assumi a presidência (da CPI) que vai investigar invasões de propriedades privadas. Não existe nada em termos jurídicos que possa me preocupar, acredito que seja uma resposta política ao trabalho que vamos começar a desenvolver à frente dessa CPI — afirmou Zucco.