PERNAMBUCO

Setor canavieiro protesta em Palmares por contrato com cooperativa; trecho da BR-101 é interditado

A principal reivindicação da categoria é a renovação do contrato de arrendamento da Usina Pumaty pela Agrocan, a Cooperativa do Agronegócio de Cana-de-açúcar

Setor canavieiro protesta em Palmares por contrato com cooperativa; trecho da BR-101 é interditado - Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco.

Sindicatos e profissionais ligados ao setor canavieiro organizam, na manhã desta terça-feira (23), uma manifestação na BR-101, na altura da entrada de Palmares. A principal reivindicação da categoria é a renovação do contrato de arrendamento da Usina Pumaty pela Agrocan, a Cooperativa do Agronegócio de Cana-de-açúcar. Os manifestantes fecharam os dois sentidos da rodovia.

O contrato com a Agrocan, segundo os organizadores do protesto, está suspenso por ordem judicial. Segundo os manifestantes, a indefinição acerca do arrendamento da Pumaty pode causar impactos negativos na produção canavieira em Pernambuco.

“Vínhamos em uma parceria com a Agrocan, cooperativa que assumiu o assentamento há 8 anos. Com o afastamento, por razões judiciais, ficamos em um impasse. Queremos que alguém assuma, porque essa usina gera cerca de cinco mil empregos diretos e dez mil no total”, explicou Givanildo Marques, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmares e representante do Assentamento Miguel Arraes.

“Nós precisamos de uma decisão urgente, porque o apontamento da cana não espera, ele tem que ser feito em seu tempo para que a safra 2023/2024 saia. Não podemos ficar sem perspectiva, por isso os trabalhadores, agricultores e médios, pequenos e grandes fornecedores de cana decidiram apoiar essa mobilização”, completou o sindicalista, que também demandou mais transparência nas decisões envolvendo o arrendamento.

O formato de cooperativa, segundo os manifestantes, potencializou a produção na região da Mata Sul pernambucana, beneficiando pequenos produtores. “Houve um crescimento muito grande nesses últimos anos, não podemos deixar isso parar”, disse Givanildo Marques.