CPI do MST aprova convites para depoimentos de dois ministros de Lula
Um acordo foi feito para que ministros fossem "convidados" e não mais "convocados", como estava anteriormente previsto
CPI do MST aprovou que sejam feitos convites para dois ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no âmbito do colegiado: o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, será chamado para prestar esclarecimentos sobre denúncias de invasões de terras privadas produtivas pelo MST. Convite similar será feito ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
No início da sessão, um acordo foi feito entre governistas e membros da oposição para que ministros fossem "convidados" e não mais "convocados", como estava anteriormente previsto. Quando o convite é feito, um ministro pode optar por não comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito.
Em paralelo, foi rejeitado um requerimento de autoria dos governistas que previa a solicitação de informações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a respeito das taxações sobre o setor ruralista. Na interpretação do colegiado, o requerimento saía do escopo da CPI, que deve se centrar nos atos do MST.
Numa contrapartida, os próprios opositores de Lula votaram de forma favorável a um requerimento para que o Ministério da Agricultura forneça informações que incluem o período em que Jair Bolsonaro (PL) ocupou a presidência da República.
No que diz respeito às solicitações para diligências, duas ainda serão votadas: uma delas, assinada por vários deputados petistas, pede uma visita técnica ao município de São Felix do Xingu (PA), no Complexo Divino Pai Eterno. A área pública é pleiteada por fazendeiros interessados em criar gado que, de acordo com militantes do MST, viriam agindo com violência contra os trabalhadores rurais e outras irregularidades, como grilagem.
A outra diligência, requerida por Gustavo Gayer (PL-GO), pede várias idas aos locais invadidos pelo Movimento Sem Terra (MST) em 2023. As demais diligências focam em requerimentos de informação a ministérios e órgãos públicos.