Governo anuncia medidas para a redução de preço dos carros populares
Lula criticou abertamente os preços dos automóveis e afirmou que "R$90 mil não é popular"
O governo federal anunciou quinta-feira medidas para reduzir o preço dos carros populares.
As ações foram divulgadas pelo vice-presidente da República após uma reunião com o presidente Lula, com o ministro Haddad (Fazenda) e com representantes do setor automobilístico.
- Acima de R$ 120 mil não tem nenhuma mudança, e a proposta de estímulo é transitória e para esse momento, que a indústria está com muita ociosidade. Leva em consideração três questões, a primeira é o carro acessível, hoje o carro mais barato é quase R$ 70 mil, queremos reduzir esse valor, mas os outros também serão reduzidos, mas o carro, quanto menor, mais acessível, maior será o desconto do IPI e PIS Cofins - disse Alckmin.
Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Comércio, o primeiro item do programa do governo é "social" para atender a população que mais está precisando. Depois, a eficiência energética.
- Primeiro item é social, você atender a população que está precisando mais. Depois, eficiência energética, você premia que poluiu menos, menos produção de CO2. Depois, densidade industrial, se eu tenho uma indústria que 50% do carro são peças feitas no brasil, isso vai ser levado em consideração - afirmou.
Ainda nesta quinta-feira, Lula participará em São Paulo evento em homenagem ao Dia da Indústria, na FIESP.
Os preços elevados dos automóveis incomodam o presidente Lula, que já deu vários sinais de que gostaria de agradar a classe média, permitindo que os valores dos carros populares, considerados os mais baratos, ficassem em até R$ 50 mil.
Durante cerimônia que marcou a retomada do Conselhão, em maio, Lula criticou abertamente os preços e afirmou que "R$90 mil não é popular".