Guerra

Rússia não terá vitória militar na Ucrânia, diz chefe de Estado-maior dos EUA

O general Mark Milley advertiu, no entanto, que é improvável que Kiev consiga expulsar rapidamente todas as tropas de Moscou

Guerra na Ucrânia - Sergey Shestak / AFP

A Rússia não terá uma vitória militar na Ucrânia, declarou o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley, nesta quinta-feira (25), ao mesmo tempo em que advertiu que é improvável que Kiev consiga expulsar rapidamente todas as tropas de Moscou.

"Esta guerra, militarmente, não será vencida pela Rússia. Simplesmente não será", disse Milley a jornalistas no Pentágono, após uma reunião virtual de dezenas de países que apoiam a Ucrânia.

Seus comentários destacaram os prognósticos de que o conflito iniciado com a invasão russa, em fevereiro de 2022, se prolongará, sem que nenhuma das partes esteja em condições de obter uma vitória clara.

Os objetivos estratégicos originais da Rússia, incluindo a queda do governo de Volodimir Zelensky, "não podem ser conseguidos militarmente", insistiu Milley.

Ao mesmo tempo, há centenas de milhares de soldados russos na Ucrânia, o que torna o objetivo de Kiev de recuperar todo seu território difícil de ser alcançado "a curto prazo", disse.

"Isso significa que a luta continuará, será sangrenta, será difícil. E em algum momento, as duas partes negociarão um acordo ou chegarão a uma conclusão militar", acrescentou.

Os Estados Unidos lideram o apoio internacional à Ucrânia, forjando rapidamente uma coalizão para dar suporte a Kiev e coordenando a ajuda de dezenas de países.

No total, os aliados forneceram quase 65 bilhões de dólares (R$ 325 bilhões, na cotação atual) em ajuda militar, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, antes da reunião desta quinta-feira.