Congresso Nacional

"Radicalismo" dos governistas na CPMI do 8 de Janeiro dependerá da postura da oposição na CPI do MST

Deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) afirmou que haverá reação na comissão mista se "fizerem loucura por lá"

Deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) - Billy Boss / Câmara dos Deputados

À frente do bloco do governo na CPI do 8 de janeiro, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), afirmou nesta quinta-feira (25) que o "nível de radicalismo" dos parlamentares governistas dependerá da postura da oposição na CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

— A nossa posição é de não radicalizar. Mas se eles fizerem loucura por lá, eu não descarto uma resposta institucional aqui. Pode ter reação — afirmou o deputado, que é advogado e aliado do ministro da Justiça, Flávio Dino. Ele coordena a estratégia do bloco governista dentro da CPI mista.

Parlamentares aliados do governo se irritaram com o requerimento de convocação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski proposto pelo deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-Al) na CPI do MST, que é dominada por opositores do governo Lula.

A retaliação pode vir agora na convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro à CPI do 8 de janeiro, que deve ser protocolada nos próximos dias pelos parlamentares da base.

A princípio, a estratégia do bloco governista era deixar a convocação de Bolsonaro para o fim da comissão, quando as investigações já estivessem mais avançadas.

Relatora da CPI e colega de Pereira na bancada maranhense, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou que os depoimentos devem começar daqui quinze dias depois que a comissão aprovar o cronograma de trabalho na próxima quinta-feira.