Repercussão

Magno Malta rebate críticas a fala sobre Vini Jr.: "Ninguém vai me intimidar, sou um homem negro"

Parlamentar classificou como "revitimização" a repercussão de mais um caso de racismo vivido pelo jogador do Real Madrid, no último domingo (21)

Senador Magno Malta (PL-ES) - Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O senador Magno Malta (PL-RJ) usou a sessão de abertura da CPI dos atos golpistas nesta quinta-feira (25) para rebater críticas recebidas após declaração identificada como racista contra o jogador brasileiro Vini Jr., vítima de mais um caso de racismo neste domingo (21).

— Ninguem vai me intimidar, sou um homem negro, pai de uma negra. Fiz uma analogia para defender Vini Jr — afirmou aos parlamentares presentes.

Na terça-feira (23), Malta classificou como "revitimização" a repercussão na imprensa do último caso de racismo vivido pelo jogador Vini Jr., que no último domingo foi chamado de "macaco" por torcedores do Valencia durante jogo da La Liga, liga esportiva da Espanha.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou hoje que pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito para investigar declarações do senador.

A fala de Malta sobre Vini Jr. também voltou a ser criticada, agora dentro da CPI, pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG):

— Votei na chapa inteira, embora não tenha tido tranquilidade em votar no segundo vice-presidente pelo que ele vem dizendo sobre Vini Jr. e sobre os negros e negras brasileiras.Que isso não se repita no congresso — afirmou Correia.

'Pessoas dignas'
Antes do começo dos trabalhos, o senador Magno Malta defendeu os presos no dia 8 de janeiro. Segundo ele, alguns inocentes estariam entre os detidos:

— Um povo que está com a tacha de terrorista sem nunca ter sido. Houve atos de vandalismo sim, identifiquemos os vândalos. Mas ninguém mais que eu esteve nos presídios e tem pessoas dignas, honradas, dentro do presídio. Queremos esclarecer isso.