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Marina diz que governo tem direito de definir suas estruturas e quer negociar: "Sou de luta e paz"

Ministra se reuniu com Lula no Planalto após Congresso esvaziar pasta que ela comanda

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva defendeu que "está preparada para o diálogo" com o Congresso Nacional sobre trechos de MP que transfere para outras pastas atribuições de pastas do governo.

As declarações foram feitas em entrevista à CNN Brasil na tarde desta sexta-feira (26), horas depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com a ministra Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas.

— Em uma democracia, nós dialogamos. Eu estou preparada para o diálogo. Sou uma mulher de luta e de paz. Como disseram os ministros Padilha (das Relações Institucionais) e Rui Costa (da Casa Civil) mais cedo, a política ambiental e a proteção dos povos indígenas estão no coração do governo. Por isso, vamos trabalhar no diálogo para, até a votação, recompor determinadas pautas e estruturas — disse a ministra.

Diante da queda de braço no Congresso sobre a MP, que levou Lula a campo nesta sexta-feira (26) para modular o discurso e encontrar uma saída junto aos parlamentares, Marina afirmou que a eleição de 2022 escolheu um projeto político, e o governo tem o direito de implementar o programa eleito nas urnas.

— O governo tem o direito de estabelecer as estruturas par fazer a gestão desse governo. Nesse momento, há um esforço grande para manter o (texto) que foi a MP aprovada pelo presidente Lula no primeiro dia de governo — defendeu.

Mais cedo nesta sexta-feira, o ministro da Casa Civil Rui Costa defendeu que o governo vai atuar junto ao Congresso para retomar o escopo original da MP, indo na contramão do relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que esvaziou os ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente. Marina e Guajajara saíram do encontro sem dar declarações.