CINEMA

"Urubus" retrata o universo dos pichadores de São Paulo e estreia nesta quinta (1º); assista tr

A obra é baseada em um caso real e conta com direção de Claudio Borrelli

"Urubus" - Divulgação

Todo mundo que já passou por alguma cidade grande já se deparou com pichações em locais muito inusitados e se perguntou: “como alguém conseguiu subir ali?”. Acontece que é assim que os integrantes de grupos das expressões gráficas urbanas se desafiam e marcam território. Entre eles existem códigos secretos e uma reivindicação social de pessoas marginalizadas na sociedade, em especial, jovens das favelas. 

É neste contexto que o vencedor do prêmio de Melhor Filme de Ficção Brasileiro da 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, “Urubus”, se encaixa. Com roteiro assinado por Mercedes Gameiro, Claudio Borrelli (diretor da película) e Cripta Djan ( artista plástico que trouxe para a história os elementos de ficção baseados em sua própria experiência como pichador), o longa tem estreia nacional na quinta-feira (1º).

Confira trailer:

Todo pichador tem um livro para contar

Inspirado em um caso real que aconteceu em 2008, a trama se passa em São Paulo, a quarta maior cidade do mundo e onde a tradição da arte de rua alcança até os prédios mais altos. É lá que Trinchas (Gustavo Garcez), um jovem líder de um grupo de pichadores, conhece a estudante de arte Valéria (Bella Camero), e nesse encontro seus diferentes modos de vida entram em choque e disso resulta a invasão da 28ª Bienal de São Paulo. O caso torna os jovens invisíveis da periferia em protagonistas de um debate cultural polêmico.

"Como o pichador sempre tem muita história, não faltaram referências e inspirações para trabalhar o roteiro do filme. Todo pichador tem um livro para contar: são anos de dedicação nas ruas, aventuras e vivência na cidade. Desde o começo do projeto, mesmo tendo a minha própria vida como ponto de partida e sendo fiel aos fatos da minha trajetória, eu sempre tive a liberdade de trabalhar com a ficção", conta Djan.