Tebet, Alckmin, Anielle Franco: veja quais ministros podem perder pastas se MP não for aprovada
Se o texto "caducar", como se diz no jargão político, Lula passaria a gerir o país com o desenho deixado por seu antecessor, Jair Bolsonaro
Em meio a uma disputa com a Câmara dos Deputados para aprovar a MP que reestruturou a Esplanada dos Ministérios, que perderá a validade nesta quinta-feira (1º) se não for apreciada nas duas casas do Congresso, o governo federal pode ver toda a estrutura desenhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início do mandato ruir da noite para o dia.
Se o texto "caducar", como se diz no jargão político, Lula passaria a gerir o país com o desenho deixado por seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao término do mandato, Bolsonaro contava com 23 ministérios. Lula, porém, aumentou este número para 37, resgatando pastas extintas pelo ex-presidente — como Cultura e Esporte — e abrindo espaço no governo para tentar acomodar aliados de diferentes matizes, no intuito de formar uma base sólida no Congresso, o que ainda não ocorreu.
Entre os ministérios que podem já não existir a partir de sexta-feira, há pastas ocupadas por figuras de peso, como Simone Tebet (Planejamento), terceira colocada na última disputa presidencial de 2022 que passou a apoiar Lula no segundo turno, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Também aparecem na lista pautas centrais para a militância petista, a exemplo dos recém-criados ministérios da Igualdade Racial, ocupado por Anielle Franco, e dos Povos Indígenas, chefiado por Sonia Guajajara.
Ao todo, considerando todas as mudanças e desmembramentos feitos por Lula logo após tomar posse, 18 ministros podem perder seus cargos antes do fim da semana, já que os atos jurídicos que permitiram que eles tomassem posse deixariam de valer.
Veja, abaixo, a lista dos ministérios que estão a perigo:
Cultura: Margareth Menezes
Relações Institucionais: Alexandre Padilha
Igualdade Racial: Anielle Franco
Gestão e Inovação em Serviços Públicos: Esther Dweck
Transportes: Renan Filho
Povos Indígenas: Sonia Guajajara
Previdência Social: Carlos Lupi
Portos e Aeroportos: Márcio França
Planejamento: Simone Tebet
Pesca e Aquicultura: André de Paula
Mulheres: Cida Gonçalves
Direitos Humanos e Cidadania: Silvio Almeida
Cidades: Jader Barbalho Filho
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: Geraldo Alckmin
Esporte: Ana Moser
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: Wellington Dias
Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: Paulo Teixeira
Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta