COMBUSTÍVEIS

Governo quer mudar legislação para baixar preço do gás

Efrain Cruz, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, diz que meta é reduzir dos atuais US$ 14 por milhão de BTU para algo entre US$ 6 e US$ 8 por milhão de BTU

Tubulação de combustíveis - Agência Petrobras

Efrain Cruz, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), disse que o governo trabalha no desenvolvimento de uma legislação no âmbito do programa “Gás para Empregar” para permitir a redução do preço do gás natural no Brasil.

A meta, destacou Cruz, é que o valor tenha uma redução dos atuais US$ 14 por milhão de BTU (a unidade internacional do gás) para algo entre US$ 6 e US$ 8 por milhão de BTU.

Segundo Cruz, o objetivo é permitir que o gás natural seja o principal veículo para permitir a reindustrialização no país. Ele participou de forma virtual do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, que acontece hoje e amanhã no Rio de Janeiro. O governo anterior também tentou reduzir, sem sucesso, o preço do gás no Brasil, em um processo que incluiu a venda de ativos da Petrobras.

— Já há um processo de legislação sendo elaborado para que tenhamos a possibilidade de que o gás seja usado como veículo da reindustrialização. Temos condição de chegar com o gás natural do Brasil na indústria nacional. Hoje o gás chega a US$ 14. E vamos chegar na casa dos US$ 6, US$ 7 e US$ 8 para que a indústria consiga ter competitividade e que não importe os insumos - disse Cruz.

Ele citou o caso do custo do gás na indústria petroquímica, que representa 80% dos custos.

— Isso torna a nossa indústria não competitiva. Acreditamos que o gás natural será o veiculo condutor ainda transição energética. E com isso tornar o Brasil um grande player nacional de energia renovável.

Em março deste ano, o governo federal criou um grupo de trabalho para elaborar estudos de forma a buscar um melhor aproveitamento do gás natural no país. Um dos objetivos do grupo é aumentar a oferta de gás para a produção de fertilizantes.

Para isso, um dos estudos em andamento é permitir que a PPSA, estatal que comercializa a parcela do petróleo no pré-sal que pertence à União, possa também fazer transações com gás natural.