Em depoimento à CGU, Cid repete que Bolsonaro queria reaver os pacotes com as joias sauditas
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente retomou o que disse à Polícia Federal em oitiva no final de maio

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, afirmou à Controladoria-Geral da União (CGU) que o ex-chefe não ordenou a recuperação das joias sauditas, mas sim uma solicitação. As informações foram prestadas em depoimento às autoridades nesta quinta-feira e antecipadas pelo g1.
Cid compareceu à CGU na condição de testemunha, e não de investigado. Durante o depoimento, repetiu as informações que havia falado à Polícia Federal, em oitiva realizada por videoconferência no final de maio.
Segundo o ex-ajudante de ordens, Bolsonaro o teria informado sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal ainda em meados de dezembro, e pediu que Cid chegasse se seria possível regularizar os itens. Apesar disso, informou que se tratou de uma solicitação para recuperar as joias, e não uma ordem partindo do então presidente.
Ele afirmou depois entrou em contato com o então secretário especial da Receita, Júlio César Vieira Gome, e que teria sido a primeira tratativa sobre o assunto direto com o órgão. Cid confirmou que já havia um pedido de liberação do pacote, feito em novembro de 2021, em nome do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.