Acusado de participar de estupro, Padre Airton anuncia "período de silêncio"; polícia investiga
Fiel acusa o religioso de ter orquestrado e participado de um estupro em 2022
Acusado de participar de um estupro, o Padre Airton Freire, criador da Fudanção Terra, anunciou, por meio das redes sociais, que entrará em um “período de silêncio voluntário” na casa onde mora, em Arcoverde, no Sertão pernambucano.
A postagem foi feita na madrugada desta sexta-feira (2). Uma fiel, identificada como Sílvia Tavares de Souza, acusa o religioso de ter orquestrado e participado de um estupro em agosto de 2022.
Em seu perfil no Instagram, Airton Freire escreveu: "não te preocupes, estarei aqui, nesse meu retiro, na casa onde moro. Que Deus nos abençoe. De teu servo, in Christo, Padre Airton". A “casinha”, como é chamada a residência do sacerdote, é apontada pela vítima como o local onde ocorreu o suposto crime. O imóvel está localizado na Fazenda Malhada, sede da Fundação Terra.
Segundo a denunciante, Freire teria pedido ao seu motorista, Jailson Leonardo da Silva, 36, para que a estuprasse enquanto ele assistia à cena e se masturbava. Por meio de nota, o pároco negou as acusações e disse estar se sentindo “injustiçado”.
De acordo com a Polícia Civil, o caso está sendo investigado. A investigação é comandada pela delegada Andreza Gregório, da Delegacia de Afogados da Ingazeira, no Sertão. Detalhes sobre a operação, que é acompanhada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), são mantidos em sigilo.
Afastado da Igreja
Na quarta-feira (31), o padre Airton Freire foi proibido de “presidir ou administrar qualquer Sacramento”, ou seja, de exercer as funções de padre. A decisão foi tomada pela Diocese de Pesqueira, em nota assinada pelo bispo Dom José Luiz Ferreira Salles.