Plano de recuperação judicial da Americanas é rejeitado por donos de debêntures
Documento prevê aporte de R$ 10 bilhões na empresa pelos acionistas de referência. Novas assembleias foram marcadas para os dias 26 e 27 de junho
O plano de recuperação da Americanas foi reprovado por detentores de debêntures da empresa. Foram realizadas assembleias nos últimos dias 29 e 30 de maio, quando o plano foi rejeitado por 100% dos presentes. Os encontros reuniram apenas os donos de títulos da dívida da empresa, que representam boa parte dos credores.
Com a rejeição do plano, novas assembleias foram marcadas para os dias 26 e 27 de junho, quando serão apreciados também outros pontos que estavam na pauta e que não foram votados.
A Americanas entrou em recuperação judicial em 19 de janeiro com uma dívida de mais de R$ 40 bilhões.
A primeira versão do plano de recuperação foi apresentada em 20 de março. Ela prevê um aumento de capital de R$ 10 bilhões a ser feito pelos acionistas de referência, Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann, que são sócios da 3G Capital.
A proposta prevê ainda a venda de ativos, como Hortifruti/Natural da Terra, o grupo Uni.Co (Puket, Imaginarium e Love Brands) e a participação na Vem Conveniência, joint venture com a Vibra (ex-BR Distribuidora).
No site da Americanas há quatro atas distintas das assembleias, cada uma dedicada a uma emissão diferente de debêntures da companhia: 5ª, 14ª, 15ª e 16ª emissões. O percentual de presença dos debenturistas variou de 2,73% a 75,52% dos papéis em circulação de cada emissão.